Grande score de 65 pancadas (-7) no terceiro dia do Madeira Islands Open BPI
Tiago Cruz não começou bem o Madeira Islands Open BPI. Com 73 a abrir na quinta-feira, ficou no grupo dos 119.ºs, entre 156 participantes que se apresentaram no par-72 do Clube de Golfe do Santo da Serra. Na sexta-feira, fez 69, registou uma subida de 64 lugares para 55.º, o que lhe permitiu passar o cut no limite. E hoje, sábado, abriu o livro entregando um cartão de 65 e escalando mais 44 degraus na tabela, para o grupo de oito jogadores que partilham o 11.º lugar, entre os quais mais um português, Filipe Lima (hoje com 69), que manteve a mesma posição em relação ao segundo dia. Foi a sua melhor volta em provas do European Tour, superando o 66 (-5) no segundo dia do Portugal Masters de 2012.
“Um bom resultado seria ficar num top 15. Terei de arriscar agora um pouco mais para evitar os últimos lugares, tenho de atacar para fazer birdies”, disse Tiago Cruz depois de ontem ter passado o cut no limite, à semelhança de Ricardo Santos e Pedro Figueiredo. E assim foi: o estorilense, que detém o estatuto de campeão nacional de profissionais, fez uma série de 7 birdies em 11 buracos, entre o 5 e o 15. O resto foi tudo corrido a birdies. “Não cometi erros”, justificou o jogador, acrescentando: “Amanhã será a última volta do torneio e estou focado para jogar shot a shot e continuar no bom caminho.”
Para os portugueses, este foi o lado positivo do dia. O negativo é que esta terceira volta terá desfeito as esperanças de vitória por parte de um jogador da casa, como aconteceu em 2012, quando Ricardo Santos aqui triunfou com uma volta final de 63 e com um total de agregado de 22 abaixo do par. Cruz e Lima, somando 207 (-9), estão a sete pancadas do líder, o sueco Pontus Widegren, que manteve o comando com um 67, para um total de 200 (-16), e que viu o homem com quem na véspera partilhava o comando cair na tabela – o inglês Sam Walker fez 73 estando agora entre os 7.ºs.
Claro que sete shots de diferença não é uma diferença impossível de recuperar, mas há que ter em conta que há mais dois jogadores a seis pancadas de distância de Cruz e Lima: o finlandês Roope Kakko (64) – autor da melhor volta do dia – e o escocês Scott Henry (65) partilham o segundo lugar com 201 (-15), à distância mínima do líder. Depois, no quarto lugar, com 202 (-14), surge o sul-africano Bradon Stone (66), o quinto é o sueco Bjorn Akesson (68), com 204 (-12), e o sexto é o galês Rhys Davies (67), com 205 (-11). Há quatro jogadores no sétimo posto, com 206 (-10).
Filipe Lima, que era o melhor português aos 36 buracos e que está aqui em busca do seu quarto top 10 na Madeira no últimos cinco anos, não conseguiu aproximar-se do primeiro lugar, e Ricardo Melo Gouveia, que era o segundo melhor português com metade do torneio decorrido, nos 29.ºs classificados, marcou hoje 71 caindo para os 35.ºs, com 211 (-5), num grupo onde se encontra também Ricardo Santos, hoje com 69. O quinto português que passou o cut, Pedro Figueiredo, marcou 71 e está nos 50.ºs. com 213 (-3).
O prémio para o vencedor vale 100 mil euros e ao décimo classificado estão reservados 12 mil euros. Haverá muito em jogo no domingo. O grupo de honra integra Pontus Widegren, Roope Kakko e Scott Henry e sai amanhã pelas 10h40. Tiago Cruz sai às 10h07 com Sam Walker e Sebastian Soderberg. Lima às 9h45 com Andrew McArthur e Kevin Phelan.