Procura inverter má forma no Bridgestone Invitational, torneio que já venceu por oito vezes
O Bridgestone Invitational não será a última oportunidade para Tiger Woods salvar a época. Ainda lhe restará, de 7 a 10 de Agosto, o PGA Championship, quarto e último major da época. Mas a verdade é que ele está na corda bamba. Ocupa a 215º posição no ranking da FedEx Cup, e só os 125 primeiros após o Windham Championship (14 a 17 de Agosto) se apuram para os play-offs da FedEx Cup.
Os números de Tiger Woods no Bridgestone Invitational (que arranca nesta quinta-feira) são impressionantes: oito vitórias em 14 participações. Só em prémios monetários já facturou 11,6 milhões de dólares neste torneio, que todos os anos se realiza no campo Sul do Firestone Country Club, em Akron, Ohio. E que melhor cenário para um volte-face na carreira actual do que um percurso que ele domina como poucos? É agora ou nunca?
Tiger Woods, aliás, é o detentor do título. A vitória de 2013 (a quinta e última que obteve o ano passado) no Firestone assinalou o último momento alto da sua carreira. Já sabemos o que aconteceu a seguir. Uma semana depois agarrava-se às costas durante o PGA Championship. Duas semanas depois ajoelhava-se com dores na última volta do The Barclays, primeiro torneio dos play-offs. E no início de Março deste ano abandonava os relvados.
Operado a 31 de Março a um nervo comprimido nas costas, Woods antecipou o seu regresso à competição para poder participar, já no final de Junho, no Quicken Loans National, o torneio de que é anfitrião, e cujas receitas revertem para a sua fundação. Era nº1 mundial quando parou, nessa altura encontrava-se já em 7º no ranking. E foi uma desilusão: voltas de 74 e 75 no Congressional e o cut falhado por clara margem.
Depois, há duas semanas, veio o British Open e com ele nova decepção, tanto mais que a prova se realizou no Royal Liverpool Golf Club, onde Tiger Woods vencera em 2006 o seu terceiro e último título na prova. A única coisa de jeito que se lhe viu foram as 69 pancadas do primeiro dia, pois a seguir fez 77-73-75 para terminar num longínquo 69º lugar, a 23 pancadas de Rory McIlroy. Mau jogo de ferros e mau putting.
Ontem, na véspera do arranque do torneio, ocupando já a 10ª posição do ranking mundial, pediram-lhe para fazer uma avaliação do seu jogo após as seis voltas competitivas que já efectuou desde a paragem de Março. “Tudo precisava de melhorar um bocadinho”, respondeu. “Tenho de ser mais eficiente no que estou a fazer. Os meus shots continuam a ser realmente bons. Os meus maus shots têm de ser em posições em que eu sei que vou falhar a bola e não em lugares em que tenho estado a falhar.”
O regresso a Akron pode ajudar, mas Woods, de 38 anos, não considera que seja absolutamente vital: “Preciso apenas de ir progredindo. Este é apenas o meu terceiro torneio depois de uma cirurgia às costas. É algo que por que já passei e tenho de ter isso em mente, porque já estive nesta situação anteriormente e sei que leva algum tempo.”
Até porque, como Woods explicou, não há comparação entre um joelho e as costas. “O joelho é muito mais é muito fácil de recuperar e de reabilitar do que as costas. Já fui operado aos joelhos, já tive lesões no tendão de Aquiles, mas isto é diferente. É muito mais debilitante do que eu pensava.”
Tiger Woods joga a primeira volta com o alemão Martin Kaymer (12º mundial), vencedor este ano do The Players Championship e do US Open.