Capitão-jogador dos EUA no primeiro match do embate bienal frente ao International Team
Se existem grandes expectativas em torno da Presidents Cup deste ano (em directo no Eurosport 2), que se joga de quinta-feira a domingo no no Royal Melbourne Golf Club, na Austrália, opondo os EUA e o International Team (resto do mundo, excepto europeus), elas devem-se em grande parte à dupla presença de Tiger Woods, que será o primeiro capitão-jogador da equipa dos EUA desde Hale Irwin na primeira edição em 1994.
Trata-se, além do mais, do regresso de Woods à competição, ausente que esteve nas duas últimas ocasiões, em 2015 e 2017. E tudo o que não seja a vitória dos EUA – que vêm de uma humilhação às mãos da Europa na última Ryder Cup em Paris – seria um choque, o que é outro factor de interesse adicional. Afinal, nas 12 edições anteriores, os americanos venceram 10, perderam uma (1998) e empataram outra (2003). Da última vez, em 2017, no Liberty National Golf Club, em Nova Jérsia, a superioridade foi tal, que entraram para os 12 singles a precisar apenas de um ponto para vencer.
No entanto, será justo lembrar que em 2015, no Jack Nicklaus Golf Club Korea, na Coreia do Sul, a diferença final entre as duas equipas foi de apenas um ponto.
O sul-africano Ernie Els lidera o International Team, ele que esteve na única equipa vitoriosa de 1998. Tem à sua disposição um recorde de sete estreantes e a mais jovem selecção do conjunto, com uma média de idades de 28,9 anos (a dos EUA também é a mais jovem da sua história, com média de 31,8). Uma equipa sem as cicatrizes do passado e sob a orientação de um dos mais carismáticos golfistas de sempre, para bater o pé aos rivais.
A equipa Internacional é também a mais diversificada de sempre, com nove nacionalidades: três australianos (Adam Scott, Marc Leishman e Cameron Smith, dois sul-coreanos (Sungjae Im e Byeong Hun Na), um japonês (Hideki Matsuyama), um mexicano (Abraham Ancer), um chinês (Haotong Li), um sul-africano (Louis Oosthuizen), um chileno (Joaquin Nieman), um canadiano (Adam Hadwin) e um taiwanês (C.T. Pan).
Como se não bastasse o historial da Presidents Cup, os EUA, mesmo sem o n.º 1 mundial Brooks Koepka, ausente por lesão, são muito mais fortes no papel, com cinco jogadores do top-10 mundial e 10 do top-20 – Justin Thomas (4.º), Dustin Johnson (5.º), Tiger Woods (6.º), Patrick Cantlay (7.º), Xander Schauffele (9.º), Webb Simpson (11.º), Patrick Reed (12.º), Bryson DeChambeau (13.º), Tony Finau (16.º) e Gary Woodland.
Só Rickie Fowler (22.º) e Matt Kuchar (24.º) estão fora deste patamar.
Por contraste, o International Team conta apenas com dois jogadores no top-20: Adam Scott (18.º) e Louis Oosthuizen (20.º).
Woods não perdeu tempo, colocando-se logo no primeiro dos cinco jogos de pares em fourball de que se compõe hoje o dia inaugural da competição, ao lado de Justin Thomas, e frente à dupla constituída pelo veterano australiano Marc Leishman e o jovem chileno Joaquin Niemann.
“Era importante para mim chegar lá como jogador, mas também, como capitão, quero obviamente ver meus jogadores a jogar”, disse Woods. “Esta é minha primeira vez como capitão, quero poder aproveitar essa parte também.”
Os restantes matches do primeiro dia são os seguintes:
Adam Hadwin/Sungjae Iam (International) vs. Xander Schauffele/Patrick Cantlay (EUA)
Adam Scott/Byeong Hun An (International) vs. Bryson DeChambeau/Tony Finau (EUA)
Hideki Matsuyama/C.T. Pan (International) vs. Webb Simpson/Patrick Reed (EUA)
Abraham Ancer/Louis Ooshtuizen (International) vs.Dustin Johnson/Gary Woodland (EUA).
De fora na primeira sessão ficaram Haotong Li e Cameron Smith, pelos internacionais, e Rickie Fowler e Matt Kuchar, pelos EUA.
Sexta-feira jogam-se mais cinco jogo de pares, mas em foursomes, a que se acrescentam mais oito no sábado, quatro em fourball, de manhã, e quatro em foursomes, de tarde. Domingo, os 12 singulares, num total de 30 pontos em jogo, ou seja, um ponto por jogo, sendo o empate vale meio ponto. Vence quem ultrapassar primeiros os 15 pontos, e em caso de empate o troféu é repartido pelas duas equipas.