O Sherwood Country Club, em Los Angeles, é o palco onde vai tentar conquistar a sua 83.º vitória no PGA Tour
É já nesta quinta-feira que Tiger Woods inicia a defesa do título no Zozo Championship, no Sherwood Country Club, em Thousand Oaks, na Califórnia, numa prova que será transmitida até domingo no Eurosport 2 Portugal. É um torneio que para ele vem carregado de simbolismo. Na última edição, que foi a primeira do torneio, realizada no Accordia Golf Narashino Country Club, em Chiba, no Japão, a vitória permitiu-lhe igualar Sam Snead (1912-2002) na lista dos mais prolíficos campeões do PGA Tour, ambos com 82 vitórias. Como não voltou a vencer desde então, a super-estrela veterana do desporto mundial, de 44 anos, tem aqui a oportunidade de elevar a contagem para 83 e assim ficar sozinho no topo da tabela.
O torneio mudou do Japão para os EUA devido à pandemia. Tiger deu-se bem com campo original do ano passado, mas o do Sherwood Country Club, a noroeste de Los Angeles, é-lhe altamente familiar: foi aqui que se realizou durante quase uma década e meia o seu Hero World Challenge, evento não-oficial reservado a uma elite de 18 jogadores, invariavelmente jogado em Dezembro (e cuja edição 2020 foi cancelada segunda-feira por motivos da pandemia). Aconteceu entre 2000 e 2013, com o saldo, para o anfitrião, de cinco vitórias e outros tantos segundos lugares, em 12 participações.
“Tenho jogado bem aqui ao longo dos anos. Vamos apenas dizer que o field é muito maior do que quando joguei aqui. Eu só tive de vencer 17 outros tipos, o que é muito diferente”, salvaguardou. O Zozo Championship tem, ainda assim, um lote de jogadores reduzido em relação ao normal, de apenas 77 jogadores, já depois da desistência, segunda-feira, do n.º 1 mundial Dustin Johnson, que acusou positivo num teste para a covid-19.
Já lá vão sete anos, portanto, desde que Woods competiu no Sherwood Country Club. “A forma do campo de golfe não mudou, mas os greens mudaram desde a última vez que lá joguei”, analisou. “Os greens estão um pouco mais planos, um pouco maiores. Alguns dos seus contornos desapareceram e é um pouco diferente. Está do lado mais suave... A remodelação tornou este campo de golfe certamente mais amigável. Acho que os resultados serão terrivelmente baixos esta semana.”
Depois do regresso do PGA Tour à actividade, na sequência de uma paragem de quase três meses, Tiger participou em quatro torneios, sendo a sua melhor classificação o 37.º lugar empatado no US PGA Championship, no TPC Harding Park, em São Francisco, Califórnia. O seu último torneio foi o US Open, no Winged Foot Golf Club, em Nova Iorque, falhando o cut. Tal não o desmoraliza. “O meu jogo está definitivamente melhor do que no US Open. Sinto-me um pouco mais preparado, um pouco melhor, e espero que isso se traduza num bom jogo de golfe em campo.”
Woods, actual 28.º no ranking mundial, joga as duas primeiras voltas num grupo com Xander Schuffele (7.º) e Matthew Wolff (12.º). Outros trios a seguir com atenção na quinta e sexta-feira são os que incluem Collin Morikawa (4.º), Justin Thomas (3.º) e Patrick Reed (10.º); Jon Rahm (2.º), Justin Rose (25.º) e Hideki Matsuyama (20.º); e Rory McIlroy (5.º), Webb Simpson (8.º) e Phil Mickelson (58.º).