Terminou relação de quatro anos de trabalho com Sean Foley. Foram oito vitórias mas nenhum major
Foi no PGA Championship de 2010 que Tjger Woods e Sean Foley foram vistos pela primeira vez em público a trabalhar juntos. Quase exactamente quatro anos depois, concluiu-se a colaboração entre ambos.
O anúncio foi feito hoje no website de Tiger Woods:“Gostaria de agradecer a Sean pela sua ajuda, como meu treinador e pela sua amizade”, diz Woods. “Sean é um dos treinadores fora-de-série no golfe de hoje, e sei que ele continuará a ser bem sucedido com os jogadores que trabalham com ele. Com o meu próximo torneio a realizar-somente no World Challenge, em Isleworth, Orlando, este é o momento certo para terminar a nossa relação profissional. Presentemente, não tenho treinador, e não há data certa para contratar um.”
Logo a seguir, vêm algumas palavras de Sean Foley: “O meu passado com o Tiger é um dos highlights da minha carreira até agora, e estou grato pelas as muitas experiências que partilhámos juntos. Era uma ambição antiga minha ensinar o melhor jogador de todos os tempos no nosso desporto. Estou grato tanto pelas coisas que tivemos a oportunidade de aprender um com o outro, bem como pela amizade duradoura que construímos. Não tenho nada além de respeito e admiração por ele.”
Durante estes quatro anos de colaboração, Tiger Woods. 38 anos, venceu oito torneio: três em 2012 e cinco em 2013, ano em que foi eleito uma vez mais uma vez o PGA Tour Player of the Year. Mas não venceu nenhum major, ao passo que com o seu anterior treinador, Hank Haney, numa relação durou de 2004 a 2010, venceu seis majors. Já com o treinador que antecedeu Hank Haney, Butch Harmon, que o acompanhou desde os tempos de júnior até 2004, somou oito títulos no Grand Slam. E foram estes três os treinadores que Woods teve até ao momento, como profissional.
Depois das cinco vitórias em 2013, este foi um ano para esquecer para Tiger Woods. Esteve parado durante quase três meses, entre o início de Março e meados de Junho, tendo sido alvo, a 31 de Março, de uma microdiscectomia, para alivar as dores de um nervo comprimido nas costas.
Não jogou, por isso, os dois primeiros majors do ano – Masters (pela primeira vez) e US Open. Quando regressou, falhou o cut no Quicken Loans National, foi 69º no British Open, abandonou novamente com dores nas costas a meio da última volta do Bridgestone Invitational e falhou o cut no PGA Championship, último major da época. Era a sua última oportunidade para conseguir entrar nos play-offs da FedEx Cup (competição que venceu em 2007 e 2009), reservados aos 125 primeiros na respectiva tabela. Ora, ele foi 218º na época regular. Sem hipóteses…
Antes da paragem, tinha sido 80º no Farmers Insurance Open, abandonara no The Honda Classic e, por último, fora 25º no Cadillac Championship, dos World Golf Championships, naquela que foi a sua melhor marca do ano. Para o European Tour, jogara o Omega Dubai Desert Classic, concluído em 41º.
Depois do falhanço no PGA Championship, emitou o seguinte comunicado no seu website. “Foi-me dito pelos meus médicos e treinador que os meus músculos das costas precisam de ser reabilitados e curados. Aconselharam-me a não jogar nem a treinar. Tive sorte que a minha recente lesão nas costas não esteja relacionada com a minha cirurgia e que tenha sido apenas muscular.
Já falei com Tom [Watson] sobre a Ryder Cup, e embora aprecie muito que ele pensasse em mim como uma eventual escolha do capitão, pus-me fora de consideração. A equipa dos EUA e a Ryder Cup significam demasiado para mim, para não ser capaz de dar o meu melhor. Vou estar a torcer pela equipa dos EUA. Acho que temos um conjunto fora-de-série para as partidas.
Pretendo voltar à competição no meu torneio World Challenge em Isleworth em Orlando, Flórida, de 1 a 7 de dezembro. É um evento que é importante para mim e para a minha fundação, e será emocionante jogar de novo.”
Tiger Woods era o nº1 mundial quando teve parar após o Cadillac Championship. Actualmente, ocupa a 12ª posição na tabela.