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Tiger Woods e a “linha cruzada” na morte de Floyd
02/06/2020 12:14 GolfTattoo
Tiger Woods: "Podemos defender os nossos pontos [de vista] sem queimar as próprias vizinhanças em que vivemos" © GETTY IMAGES

Estrela do golfe mundial apela a uma sociedade mais segura e unificada

Enquanto os protestos continuam nos EUA em resposta às mortes de George Floyd e outras vítimas negras da brutalidade policial, muitos membros da comunidade do golfe estão a manifestar-se contra a injustiça, a desigualdade e o racismo. Segunda-feira à noite, Tiger Woods tornou-se mesmo a última figura proeminente do desporto mundial a lamentar a morte de George Floyd e os protestos que se lhe seguiram, numa declaração efectuada na sua conta no Twitter. 

“O meu coração está com George Floyd, os seus entes queridos e todos nós que sofremos neste momento”, escreveu Woods. “Eu sempre tive o maior respeito pela nossa aplicação da lei. Eles treinam tão diligentemente para entender como, quando e onde usar a força. Esta tragédia chocante cruzou claramente essa linha. Lembro-me dos distúrbios de Los Angeles e aprendi que a educação é o melhor caminho a seguir. Podemos defender os nossos pontos [de vista] sem queimar as próprias vizinhanças em que vivemos. Espero que, por meio de conversas construtivas e honestas, possamos construir uma sociedade mais segura e unificada.” 

Quando se refere aos distúrbios de Los Angeles, está a mencionar os tumultos de 1992, em resposta à absolvição de polícias acusados de usar a força excessiva em Rodney King, morto às suas mãos, em imagens também gravadas em vídeo que correram o mundo. Nessa altura, Woods, que cresceu na área de Anaheim, no sul da Califórnia, tinha 16 anos. Hoje tem 44 e continua a ser a maior figura do golfe ao nível planetário, mesmo ocupando a 11.ª posição no ranking mundial. Em Novembro irá defender o título Masters de Augusta National, adiado em sete meses devido à pandemia de covid-19. 

Woods tornou-se o primeiro jogador de golfe afro-americano a vencer um major com a vitória no Masters de 1997. O seu pai, Earl, era um membro decorado das Forças Especiais do Exército, tendo combatido no Vietname, e o filho costumava falar sobre a sua admiração pelos militares. 

Enquanto Woods sempre evitou comentar questões sociais ou políticas durante sua carreira, canalizou grande parte de sua energia fora do campo na sua Fundação TGR, que fornece currículo STEM e programas de acesso à faculdade para crianças carentes, e que recentemente passou o marco de 1 milhão de crianças atingidas.