Californiano descartou-se do embate EUA vs. Europa. Conselho dos médicos, justificou
Está enterrada aquela que era a grande incógnita da actualidade golfística. Num comunicado difundido na madrugada de hoje (hora de Portugal) no seu website, Tiger Woods descartou-se em definitivo da próxima Ryder Cup, de 26 a 28 de Setembro no The Gleneagles Hotel, em Pertshire, Escócia.
Eis o teor do comunicado:
“Foi-me dito pelos meus médicos e treinador que os meus músculos das costas precisam de ser reabilitados e curados. Aconselharam-me a não jogar nem a treinar. Tive sorte que a minha recente lesão nas costas não esteja relacionada com a minha cirurgia e que tenha sido apenas muscular.
Já falei com Tom [Watson] sobre a Ryder Cup, e embora aprecie muito que ele pensasse em mim como uma eventual escolha do capitão, pus-me fora de consideração. A equipa dos EUA e a Ryder Cup significam demasiado para mim, para não ser capaz de dar o meu melhor. Vou estar a torcer pela equipa dos EUA. Acho que temos um conjunto fora-de-série para as partidas.
Pretendo voltar à competição no meu torneio World Challenge em Isleworth em Orlando, Flórida, de 1 a 7 de dezembro. É um evento que é importante para mim e para a minha fundação, e será emocionante jogar de novo.”
Operado a 31 de Março a um nervo comprimido nas costas, Woods esteve parado quase três meses, falhando inclusivamente a participação Masters Tournament e no US Open. Antecipou o seu regresso à competição no final de Junho para poder participar, no Quicken Loans National, o torneio de que é anfitrião, e cujas receitas revertem para a sua fundação – e foi uma desilusão: cut falhado por clara margem.
Desde então, participou em mais três torneios e só num deles conseguiu chegar ao fim, sendo 69º classificado no British Open em Royal Liverpool. De resto, abandonou com dores nas costas a meio da última volta no Bridgestone Invitational e, na passada sexta-feira, falhou o cut no PGA Championship, quarto e último major do ano.
Embora Woods tenha dito que tenciona jogar em Dezembro o World Challenge, esta é já uma época falhada para Tiger Woods, em contraste com as cinco vitórias obtidas em 2013. Em sete torneios pontuáveis para o PGA Tour, a sua melhor marca foi o 25º lugar no Cadillac Championship, a 9 de Março, naquela que foi a sua última prova antes de ser operado. Nessa altura era nº1 no ranking mundial, actualmente encontra-se na 11ª posição na tabela.
Tom Watson, capitão da equipa dos EUA na Ryder Cup, teve uma reacção imediata ao auto-afastamento de Woods. “O meu grande desejo é que Tiger esteja saudável e competitivo, e espero que volte ao jogo muito em breve. Claro, estou desapontado por ele ter pedido para não ser considerado para a equipa dos Estados Unidos na Ryder Cup, e por a sua saúde não estar como ele gostaria que estivesse. No entanto, penso que todos concordamos que precisamos de Tiger Woods neste grande desporto, e ele teve a classe de de me informar no início do processo de selecção. O meu foco permanecerá na identificação de três jogadores para se juntarem à equipa dos EUA e darem-nos as melhores hipóteses de sucesso em Gleneagles."
Tom Watson vai anunciar, a 2 de Setembro, os nomes dos três wild cards para a sua equipa. Entretanto, são conhecidos desde domingo os 9 jogadores que se apuraram directamente para fazer parte da mesma. São eles, por esta ordem, Rickie Fowler, Jim Furyk, Zach Johnson, Matt Kuchar, Phil Mickelson, Patrick Reed, Jordan Spieth, Jimmy Walker e Bubba Watson.
