Quem disse que este foi um mau ano para ele? Afinal não faltaram motivos para sorrir
“Como golfista, 2014 foi um dos meus anos mais frustrantes, porque estive magoado durante grande parte do tempo. Estou finalmente saudável novamente para treinar e dedicar-me ao jogo do golfe outra vez, e o próximo ano vai ser divertido.
Mas, de tantas outras maneiras, foi um óptimo ano e tenho muito por que estar grato.”
Começa assim o texto que Tiger Woods inseriu, na véspera do Natal, no seu website oficial. Em termos desportivos, foi, de facto, um ano horribilis para o californiano, que teve duas longas paragens (perfazendo quase 8 meses sem competir) e jogou apenas 8 torneios, desistindo em dois, falhando o cut noutros tantos e tendo como melhor marca o 25º lugar empatado, no início de Março, no Cadillac Championship. Era nº1 mundial no início do ano, presentemente é 32º no ranking.
Mas nem só de competição se constitui a vida do jogador, pelo que o ano que agora finda teve os seus pontos positivos, como os filhos, a crescerem “mais rápido” do que ele alguma vez pensou, e que o ensinam, para seu divertimento, a trabalhar com um iPad.
A namorada, Lindsey Vonn, uma das melhores esquiadoras do mundo: “Está óptima. A sua reabilitação foi fantástica, e ela trabalhou tanto para isso.” Woods lembra ainda que ela venceu na semana passada uma corrida em França e que está apenas a um triunfo de igualar o recorde de títulos na história da modalidade, “o que é incrível”.
Woods congratula-se pelos seus amigos Arjun Atwal e Notah Begay, o primeiro por ter vencido domingo último o Dubai Open do Asian Tour, o segundo por ter sido indigitado para o Stanford Athletics Hall of Fame, para fazer parte dos melhores na história desportiva da universidade de Stanford, onde o próprio Tiger estudou antes de se tornar profissional em 1996.
Também não esquece a sua sobrinha Cheyenne Woods, que neste mês de Dezembro se qualificou para o LPGA Tour 2015: “Não podia estar mais orgulhoso.”
Para Woods, foi também um ano de proveito para a sua fundação, com o lançamento da série de torneios Tiger Woods Charity Playoffs e a entrada de dois novos patrocinadores – Quicken Loans e Hero. Não esquece o novo CEO da fundação, Rick Singer, com qual se reserva grandes planos para o futuro.
Faz um balanço positivo da última edição do Hero World Challenge (um torneio no qual assinalou o seu regresso à competição após quase quatro meses de paragem, sendo 18º e último classificado), neste mês de Dezembro, e elogia Jordan Spieth pelo golfe “tremendo” que protagonizou rumo à vitória.
Refere também a intensa actividade na área do desenho de campos de golfe, com a abertura do El Cardonal, em Cabo San Lucas, no México, e respectivas boas críticas. O Bluejack National, em Houston, deverá abrir na Primavera de 2015 e o recém-anunciado projecto do Trump World Golf Club, no Dubai, está pronto arrancar.
Para 2015, não revela qual o seu calendário (ainda o está a estudar), mas mostra-se entusiasmado por estar novamente saudável. “No último ano e meio, tenho lutado contra problemas nas costas e isso reflectiu-se nos meus resultados. Embora tenha vencido cinco vezes em 2013, fui ficando progressivamente pior. Agora que me sinto saudável, forte e estável, é divertido poder brincar com os meus filhos outra vez, jogar futebol e correr com eles. Coisas que eu costumava fazer e que tomava por garantidas. Para quem nunca teve problemas nos nervos das costas, posso dizer que é bastante debilitante. Não sentir nada é alívio incrível.”