Em terceiro lugar, foi o melhor português no 2.º Pinheiros Altos Classic, do APGT
Um eagle no antepenúltimo buraco permitiu a Tomás Silva alcançar hoje a sua melhor classificação de sempre em torneios internacionais integrados em circuitos profissionais.
O triplo campeão nacional amador deu-se ao luxo de entregar um cartão de 67 pancadas, 5 abaixo do par dos percursos do Pinheiros Altos Golf, Spa & Hotels, em Almancil, na segunda e última do 2.º Pinheiros Altos Classic.
Foi o melhor resultado da segunda e última volta e entre os 41 participantes só o espanhol José Luís Adarraga conseguiu igualar essa marca de 67 (-5).
Tomás Silva agregou 137 pancadas, 7 abaixo do par, que lhe valeu o 3.º lugar na classificação final e só não leva para casa o prémio de mil euros por ser ainda amador.
O jogador do Club de Golf do Estoril, que em 2014 brilhou ao ser 9.º classificado no Campeonato da Europa Individual Amador, disputou o seu segundo torneio consecutivo do Algarve Pro Golf Tour (APGT), um circuito sancionado pela PGA de Portugal e pelo Jamega Pro Golf Tour britânico.
O APGT poderá ser uma preciosa etapa de aprendizagem para o jogador que em outubro provou estar preparado para estas andanças, ao passar o cut no Portugal Masters, para o qual foi selecionado pela Federação Portuguesa de Golfe.
Um dos aspetos mais importantes nas suas exibições dos dois últimos dias foi a capacidade de “fazer resultado” mesmo quando não se sentiu a jogar ao seu melhor nível. Atente-se aos comentários que deixou no Facebook no final de cada volta:
“Foi um dia em que estive bem do tee. Falhei apenas um tee shot, mas o shot ao green não esteve muito bom. Em contraste com as últimas semanas, o putter hoje esteve bem”, escreveu aos 18 buracos.”
“Foi um dia em que não estive muito bem do tee nos primeiros nove buracos, tendo feito 2 bogeys mas consegui encontrar o meu ritmo e consegui fazer 3 birdies e 1 eagle na segunda volta”, refletiu aos 36 buracos.”
Tomás Silva já tinha jogado na semana passada o Masters da PGA de Portugal no Guardian Bom Sucesso Golf, em Óbidos, onde foi 5.º classificado (+4), para depois, no início desta semana, terminar o 1.º Pinheiros Altos Classic no 26º (+5) posto. Em ambos os torneios tinha-se queixado do deficiente jogo no green. Ora foi isso que melhorou desta vez.
Após três torneios profissionais de rajada, os efeitos positivos já estão a notar-se com a subida de rendimento e o APGT permite-lhe também competir com um grau de exigência superior, como o próprio referiu numa entrevista concedida à assessora de media do APGT, Sofia Câmara.
“Estes torneios são bons para um amador, têm um nível superior e em relação aos torneios da PGA de Portugal também é um ‘upgrade’, porque temos aqui jogadores internacionais do Challenge Tour. É bom para os jogadores portugueses ganharem um bocadinho mais de competitividade e de rodagem para o início da época”, declarou, consciente de que o resultado de -7 em 36 buracos daria para vencer quase todos os torneios amadores em que participou ao longo do ano.
O 2.º Pinheiros Altos Classic, de 10 mil euros em prémios monetários, contou com oito portugueses e para além de Tomás Silva, houve mais dois a ficarem no top-10.
Tiago Cruz e Ricardo Santos partilharam o 4.º lugar, com 138 (-6) e foram os principais beneficiados pelo facto de Tomás Silva não poder receber os mil euros de prémio. Assim sendo, cada um deles levou para casa 900 euros.
O bicampeão nacional, Tiago Cruz, somou voltas de 68 e 70 e nunca esteve perto de ameaçar conquistar o seu 3.º título do APGT de 2015-2016, apesar de ter partido hoje no 3º lugar a apenas 2 pancadas dos líderes.
Já o campeão nacional de 2011, Ricardo Santos, esteve de novo melhor na segunda jornada, como tinha sucedido no 1º Pinheiros Altos Classic, com voltas de 70 e 68. Hoje sofreu apenas 1 bogey.
António Sobrinho, João Carlota e João Ramos não fecharam a prova no ‘top-10’ mas ainda tiveram direito a prémio monetário.
O vencedor foi o inglês Ryan Boyns com 135 (66+69), -9, que ganhou os dois mil euros de prémio principal. Ryan Boyns joga no PGA EuroPro Tour britânico desde 2013 mas só conseguiu um top-10 em três épocas.
Os resultados e classificações finais dos oito portugueses no segundo torneio do segundo swing do APGT foram os seguintes:
3º Tomás Silva (Club de Golf do Estoril), 137 (70+67), -7, amador
4º (empatado) Tiago Cruz (BiG), 138 (68+70), -6, €900,00
4º (empatado) Ricardo Santos (Oceânico Golf), 138 (70+68), -6, €900,00
11º (empatado) António Sobrinho (Nike Golf), 144 (69+75), Par, €375,00
11º (empatado) João Carlota (Team Portugal), 144 (72+72), Par, €375,00
14º (empatado) João Ramos (Wilson Staff), 145 (74+71), +1, €125,00
32º (empatado) Hugo Santos (Algarve Unique Properties), 152 (74+78), +8
36º Miguel Gaspar (Belas Clube de Campo), 163 (81+82), +19