Tomás Bessa, Ricardo Santos e Ricardo Melo Gouveia na fase final do Portugal Masters em Vilamoura
Tomás Bessa, Ricardo Santos e Ricardo Melo Gouveia foram os portugueses que se apuraram para a fase final do 14.º Portugal Masters, no Dom Pedro Victoria Golf Course, Vilamoura. Cada um à sua maneira, foram heróis para lá chegarem, nesta prova do European Tour dotada com €1 milhão de prize-money, liderada na sua primeira metade pelo francês Julien Guerrier.
Que dizer da série de birdie-birdie-birdie de Santos a fechar o segundo dia? Isto para uma volta de 71 pancadas, ao nível do Par do campo, depois de ontem ter entregado um cartão com 69 (-2). O experiente algarvio de 36 anos – e o actual melhor português no ranking mundial (355.º) – soma 140 (-2) e está no lote dos 40.ºs, entre 132 jogadores à partida.
“Não foi só o 18 [um Par 4 que já lhe deu alguns amargos de boca nesta prova] que me garantiu o fim-de-semana, também fiz birdie no 16 [Par 3] e no 17 [Par 5]. O 16 hoje estava um buraco bastante complicado com o vento contra. Tive de jogar ferro 3, bati um excelente shot e fiz um bom putt também.”
Passando para o 17: “Dei um excelente drive e um excelente ferro 5, mas não fui feliz no salto da bola, acabou por passar a bandeira; depois acabei por fazer um bom chip e putt.
E para o 18: “Foi novamente um bom drive, um segundo shot pela segurança, não quis arriscar muito a bandeira pelo lado esquerdo [onde há lago], defendi-me um pouco pelo lado direito para dar a oportunidade de enfiar o putt, e foi assim que aconteceu “
Que dizer do segundo eagle consecutivo de Bessa no 17, fechando novamente com 3 pancadas esse buraco de Par 5 com 538 metros? O campeão nacional de profissionais, de 24 anos, voltou a jogar abaixo do Par (68-70), para um total de 138 (-4), e continua a ser o melhor luso em prova, mesmo tendo descido cinco posições, dos 21.ºs para os 26.ºs.
“O balanço é obviamente positivo, estou muito feliz por jogar os próximos dois dias deste torneio”, disse. “É a primeira vez que passo o cut no Portugal Masters na minha terceira participação. Agora tenho oportunidade de subir na classificação no fim-de-semana."
Bessa assistiu ao hole-in-one de um dos seus parceiros de jogo, o norte-irlandês, no buraco 6, a 192 metros, o que não evitou que este fizesse 72 (+1) quando ontem era 4.º sozinho com 66 (-5). Está agora nos 18.ºs.
O francês Mathieu Fenasse também fez um ás, no buraco 8, com um ferro-8 a 138 metros, mas foi eliminado do torneio, com 148 (+6), no grupo dos 113.º classificados em que se incluíram Pedro Figueiredo e Tomás Santos Silva.
Finalmente, Melo Gouveia, por sinal, o melhor português de sempre no torneio, 5.º em 2017 (empatado com o compatriota Filipe Lima) e 7.º em 2018. Esta sexta-feira jogou os últimos 9 buracos em Par do campo, com birdie no 10 e bogey no 18, pelo meio 7 pares. Com voltas de 69-72 e agregado de 141 (-1), passou o cut – para os 65 primeiros e empatados – no limite, no largo grupo dos 56.ºs.
“O meu jogo está bastante sólido. Só o driver é que não está a 100 por cento, mas com um pequeno toque estará pronto para o fim-de-semana”, afiamçou Melo Gouveia.
Haverá 70 jogadores para sábado e domingo, e quem está na frente é o gaulês Julien Guerrier, com 128 (-14). Quinta-feira tinha feito 62 (-9) e não chegou para liderar, por culpa do 61 (-10) do inglês Liam Johnston. Ontem assinalou 66 (-5) para se isolar no comando – e logo com 4 pancadas de vantagem sobre o seu mais directo concorrente, o norte-americano Sihwan Kim (67-66, 133, -7). Quanto a Johnston, caiu para os 3.ºs, com 135 (-7), ao fazer mais 13 pancadas (74) que ontem.
“Estou a sentir-me em grande”, disse Guerrier. “Parece fácil mas não é voltar ao campo depois de ter feito 9 abaixo do Par na véspera. Estou mesmo contente de ter jogado bem hoje", declarou o francês, que esteve algum tempo lesionado e só regressou à competição há exactamentehá um ano, em Setembro de 2019, tendo estado parado os primeiros oito meses da época passada.