S.S.P Chawrasia é de longe o mais cotado no ranking mundial entre 146 jogadores
São 146 os participantes, a partir de amanhã, no 23.º Madeira Islands Open-Portugal-BPI, ou Open da Madeira em português, a decorrer até domingo no Clube de Golfe do Santo da Serra, concelho de Machico. Vêm de 24 países diferentes, em busca de uma fatia do bolo de 600 mil euros para distribuir em prémios, e o melhor classificado entre eles no ranking mundial é o indiano S.S.P Chawrasia – aliás, este jogador de Calcutá, com 36 anos, é o único dentro dos 200 primeiros na tabela, em 174.º.
A diferença é significativa para os restantes concorrentes: o mais próximo de Chawrasia, de acordo com o ranking mundial, é o galês Bradley Dredge (vencedor do Open da Madeira em 2003), em 255.º. Depois, ainda mais longe, seguem-se os seguintes jogadores: o escocês Andrew McArthur (344.º), o australiano Terry Pilkadaris (351.º), o sueco Joakim Lagergren (370.º), o irlandês Kevin Phelan (378.º), o espanhol Carlos Pigem (382.º) e o alemão Bernd Ritthammer (389.º). Ricardo Melo Gouveia é o melhor português na tabela, em 444.º.
Chawrasia soma 10 vitórias, duas delas no European Tour e em ambos casos na Índia – o EMAAR-MGF Indian Masters de 2008 e o Avantha Masters de 2011. No passado dia 22 de Fevereiro, esteve perto de alcançar o seu terceiro título no principal circuito europeu, por ocasião o Hero Indian Open – perdeu no play-off para o compatriota Anirban Lahiri. Este ano, foi também 10.º no Maybank Malaysian Open, o que lhe dá a actual 31.ª posição na Race to Dubai do European Tour – e também nesta tabela ninguém está à sua frente no Open da Madeira.
Na ausência dos que ficaram com o troféu nas duas últimas duas edições – o norte-americano Peter Uihlein (2013) e o inglês Daniel Brooks (2014) –, o português Ricardo Santos, campeão em 2012, será o mais recente dos vencedores da prova em acção, acompanhados de outros quatro jogadores que já ficaram com o troféu: o sueco Jarmo Sandelin (1996), o galês Bradley Dredge (2003), o escocês Alastair Forsyth (2008) e o argentino Estanislao Goya (2009).
Além de Ricardo Melo Gouveia e de Ricardo Santos (que chegou à Madeira vindo de quatro torneios consecutivos no European Tour, um na Índia e três na África do Sul), há mais oito portugueses em jogo: Filipe Lima, Tiago Cruz, Gonçalo Pinto, João Carlota, Pedro Figueiredo, João Pedro Sousa e os amadores Carlos Laranja (Clube de Golf do Santo da Serra) e Tomás Bessa (Clube de Golf de Miramar).
Haverá uma atenção especial sobre o italiano Renato Paratore, o qual, depois de vencer o ano passado o Internacional Amador de Portugal, tornou-se mais tarde, em Novembro, o terceiro jogador mais jovem da história da Escola de Qualificação a conquistar o cartão do European Tour. E não pode deixar de haver curiosidade sobre o que fará Javier Ballesteros, filho do afamado Severiano Ballesteros.
O Open da Madeira BPI conta tanto para o European Tour (primeira divisão europeia) como para o arranque de época no Challenge Tour (segunda divisão), mas, seja qual for a condição dos jogadores à partida, um triunfo garante automaticamente cartão da primeira divisão até ao final de 2015. Qualquer outra classificação terá mais peso no ranking do Challenge do que no do European. Tanto Ricardo Santos como Peter Uihlein venceram na Madeira para depois serem eleitos os melhores rookies do ano na primeira divisão.
A edição de 2014 foi atribulada, com várias suspensões do jogo devido a nevoeiros, redução da prova para a 36 buracos e, no último dia, a morte do caddie de Alastair Forsyth, o zimbabweano Ian McGregor, acometido de um ataque cardíaco em pleno fairway. As previsões meteorológicas apontam para chuva e vento no Santo da Serra para os próximos dias, mas, desde que não haja nevoeiro, esses não deverão ser factores de paragem. Com vento e chuva, joga-se golfe, com nevoeiro é que não.