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Vítor Lopes segura primeiro lugar em dia de temporal
Vítor Lopes jogou quatro buracos e estava no quinto quando a volta foi suspensa até sábado de manhã © Octávio Passos/GolfTattoo/FPG

Segunda volta do Open de Portugal em Royal Óbidos foi interrompida duas vezes e ficou incompleta

A trovoada e o vento obrigaram, por duas vezes, a suspender a segunda volta do Open de Portugal, mas o português Vítor Lopes conseguiu segurar a liderança no Royal Óbidos Golf Course, onde sábado será retomada a competição às 8h15. 

Não foi um dia fácil para os 81 jogadores que iniciaram hoje a segunda ronda do torneio pontuável para o European Tour e Challenge Tour. Depois de a trovoada ter interrompido a prova às 10h05, apesar da chuva intensa, foi o vento a não permitir, às 16h40, a continuidade dos golfistas em campo, devido às fortes rajadas que atingiram os 60km/hora.  

“Foi um dia difícil, com decisões complicadas. Houve muito risco de tempestade durante o dia, o que significou mais de quatro horas sem jogar, mas depois voltámos ao campo e o vento começou a soprar bastante forte, chegou a atingir os 60km/hora, e as bolas não estavam a parar no ‘green’. Não nos restou outra alternativa que não suspender até sábado”, explicou José Maria Zamora, diretor de torneios do European Tour, defendendo ainda ser possível “jogar 72 buracos até domingo, se o tempo ajudar”. 

Apesar das condições climatéricas adversas de hoje, Vítor Lopes conseguiu, ainda assim, segurar a liderança do torneio que distribui 500 mil euros em prémios monetários e que está a decorrer à porta fechada, devido à pandemia provocada pela covid-19 

“Foi um dia muito incerto nas decisões. Joguei quatro buracos, mas tivemos de parar no 5 porque o vento não deixava jogar. Dar um ‘shot’ de 300 metros, com um vento de 40 nós, é impossível. Há muito tempo que não jogava em condições tão difíceis, mas aguentei-me muito bem”, frisou o jovem algarvio, de 24 anos. 

Depois de um ‘bogey’ no buraco dois, Vítor Lopes assinou um ‘birdie’ no buraco 4. No 5 não chegou ao fairway com o tal tee shot, e conseguiu manter a vantagem de dois ‘shots’ para os segundos classificados, o sul-africano Garrick Higgo e o espanhol Carlos Pigem, um dos 45 jogadores que ainda não arrancou para a segunda ronda. 

“Acho que tomaram a decisão [de suspender] tarde, mas agora não há nada a fazer. Graças a Deus suspenderam e não fiz muitos estragos”, admitiu Lopes. 

Entre os 14 portugueses em prova, apenas Stephen Ferreira conseguiu concluir a jornada de hoje e terminou com 71 pancadas, totalizando 143, uma abaixo do Par do campo. 

“Dia duro é uma forma simpática de descrever, esteve brutal lá fora. Obviamente que estou muito contente por ter feito uma abaixo, atendendo às condições, que não estão nada fáceis. Está muito vento. É provavelmente a primeira vez que jogo em condições como estas, por isso estou feliz com a ronda de hoje”, reconheceu o jogador residente no Zimbabué, que está dentro do ‘cut’, fixado provisoriamente nas duas pancadas acima do Par.