O espanhol – que sucede ao inglês Frank Kennedy na lista dos vencedores – liderava para a última volta com cinco pancadas à melhor sobre McPhail, mas ao fim dos primeiros dois buracos a margem estava já reduzida a uma, porque Ayora começou com bogey-duplo bogey e o britânico com par-birdie. Mas o malaguenho logo se recompôs para jogar os restantes 16 buracos do percurso em grande nível, com -4, fruto de 5 birdies contra 1 bogey.

“Estou obviamente muito contente”, disse Ángel Ayora, vice-campeão nacional absoluto de Espanha em 2022 e membro do Club de Golf La Cañada. “Joguei muito bem e sólido, conseguindo manter a bola baixa face ao vento com que nos deparámos esta semana, A verdade é que não me deixei afetar por nada e saio com um excelente resultado.”

Houve assim uma dobradinha espanhola nos Internacionais de Portugal deste ano, já que a 28 de janeiro a prova feminina tinha sido ganha por Rocío Tejedo, de Valência, batendo no ‘play-off’ a sua compatriota Cayetana Fernandez.

O contingente nacional teve um excelente desempenho na prova masculina. Três dos seis elementos da seleção orientada pelo Treinador Nacional Nelson Ribeiro terminaram no top-25, com destaque para o quarto lugar de Hugo Camelo e para o nono posto de João Iglésias, ambos do Club de Golf de Miramar. Vasco Alves, do Oporto GC, ficou entre os 25.ºs, entre os 120 participantes iniciais.

 Hugo Camelo © Filipe Guerra

Pelo segundo ano consecutivo, Hugo Camelo foi o melhor luso na tabela final, mas se em 2022 tinha sido 16.º, desta vez obteve um top-5. Na última volta, tal como na terceira, obteve, com 70 pancadas (-2), o terceiro melhor resultado do dia, só superado neste sábado pelo 68 do holandês Lars Van Der Vight e o 69 do suíço Nicola Gerhardsen. Este foi o dia em que os resultados foram mais altos.

“Comecei mal o torneio, com um resultado acima do par e fora do cut provisório, mas consegui desde então subir muitas posições e melhorar dia após dia. Estou orgulhoso, mas sinto que tenho margem para melhorar”, disse Hugo Camelo, que, somando 282 (-6), partilhou o quarto posto com o inglês Will Coxon, o ucraniano Lev Grinberg e o italiano Giovanni Binaghi.

João Iglésias fechou com uma volta de 72 para subir quatro posições, dos 13.ºs para os 9.ºs (onde já se encontrava aos 36 buracos), empatado com o inglês Josh Berry e o sueco Magnus Frederiksen, num trio que totalizou 285 (-3). “Saio animado, porque um top-10 neste torneio é uma conquista enorme e dá-me uma força especial para o futuro”, disse Iglésias.

Vasco Alves também terminou o Internacional de Portugal em bom nível, com um 72 para um agregado de 289 (+1), a proporcionar-lhe uma subida dos 29.ºs para os 25.ºs, a sua melhor classificação no torneio. “Saio com um sabor amargo, porque estive na frente no primeiro dia com um 66, mas tenho muitas coisas boas a retirar desta semana”, afirmou.