Calvário do ex-número um mundial chegou ao fim com vitória no Waste Management Phoenix Open
Precisamente quando atingiu o ponto mais baixo da sua carreira, Brooks Koepka teve uma resposta soberba, vencendo Waste Management Phoenix Open no Stadium Course do TPC Scottsdale, no Arizona, para o seu oitavo título no PGA Tour e o primeiro desde o WGC-FedEx St. Jude Invitational, em 28 de Julho de 2019. Já tinha vencido o Phoenix Open em 2015, naquele que foi o primeiro título no circuito americano.
Estes quase 19 meses de travessia do deserto coincidiram com as lesões que o vinham apoquentando desde então, primeiro no joelho esquerdo, depois na anca. Antes do The American Express, em La Quinta, Califórnia, que foi o primeiro torneio que jogou este ano, ele pronunciara-se completamente curado das mazelas físicas – os médicos tinham-lhe dito que estava já tudo bem. E sentia-se bem.
No entanto, em termos competitivos, não estava tudo bem. Falhou o cut no The American Express e na semana seguinte no Farmers Insurance Open, em San Diego. Duas eliminações a juntar à que havia sofrido em Dezembro no Mayakoba Golf Classic, no México. Foi a primeira vez que falhou três cuts consecutivos no PGA Tour…
“Foi uma caminhada inóspita no último ano e meio e muito frustrante. Tive momentos em que não sabia se seria o mesmo, se ao menos poderia voltar”, disse Koepka após o êxito de domingo, que lhe valeu um prémio de 1,35 milhões de dólares e a subida de 13.º para 12.º no ranking mundial, uma tabela que já liderou num total de 47 semanas.
“Passei por tudo isso mentalmente”, acrescentou o quádruplo vencedor de majors (2 Opens dos EUA e 2 PGA Championships) “Acho que é provavelmente a coisa mais difícil, não sabermos se alguma vez voltaremos a ser os mesmos competidores que fomos. Passamos por alguns lugares realmente escuros, e não é um lugar divertido onde se estar.”
Iniciando a última volta cinco pancadas atrás dos líderes, Xander Schauffele e Jordan Spieth, Koepka tinha dito que, com um resultado final de 63 (-8), talvez pudesse ganhar. Afinal, só precisou de fechar com 65 (-6) para interromper o jejum de vitórias. Somou 265 (-19), deixando os seus mais próximos adversários, Schauffele (71) e o sul-coreano K. H. Lee (68), à distância mínima. O ponto alto do dia foi o chip-in para eagle 2 de Koepka no curto Par 4 do buraco 17.
Para Jordan Spieth, também ele ex-número um mundial, em busca do seu primeiro triunfo desde o do British Open de 2017, este foi um semi-regresso. Esteve bem nas três primeiras voltas, foi-se abaixo na quarta com um 72 (+1), partilhando o quarto lugar com o veterano Steve Stricker (67), actual capitão da equipa americana da Ryder Cup, e com o mexicano Carlos Ortiz (64). Mas já é um bom sinal...