
Projeto é candidato ao prémio ‘Inovação em Comunicação’ da APCE (Associação Portuguesa de Comunicação de Empresa)
A Associação de Turismo de Cascais foi nomeada para o prémio português 'Inovação em Comunicação’, da APCE (Associação Portuguesa de Comunicação de Empresa), com o projeto ‘Passaporte de Golfe’. A cerimónia de atribuição dos prémios está marcada para 11 de dezembro, na Central Tejo (Museu da Eletricidade) em Belém.
O ‘Passaporte de Golfe’ consiste numa plataforma digital, alojada no ‘Visit Cascais’, que propõe a compra de pacotes de um minímo de três e um máximo de 5 voltas, com validade de duas semanas, com um custo substancialmente mais baixo do que o preço de balcão dos ‘green fees’, quando adquiridos isoladamente. Cada volta tem de ser reservada num campo diferente, de modo a divulgar a diversidade da oferta golfística nos concelhos de Cascais e Sintra.
O público-alvo aponta tanto para os jogadores de golfe a nível individual, sobretudo turistas, como para os operadores turísticos que em Portugal representam uma percentagem bastante significativa das voltas de golfe vendidas por ano.
Os sete campos de golfe convidados e aderentes ao projeto são: Oitavos Dunes Links, Onyria Quinta da Marinha Golf Resort, Penha Longa Resort, Palácio Estoril Hotel, Golf & Wellness (Clube de Golf do Estoril), Pestana Beloura Golf, Belas Clube de Campo e Lisbon Sports Club.
O ponto forte do ‘Passaporte de Golfe’ – para além da sinergia entre campos de golfe, supostamente concorrentes, mas, na realidade, complementares – é ser extremamente ‘amigo utilizador’. É, realmente, muito fácil e bastante rápido proceder-se à reserva das voltas de golfe.
Essa ‘acessibilidade’ valeu-lhe a nomeação para o prémio ‘Inovação em Comunicação’ da APCE. Tendo em conta que muitos dos golfistas estrangeiros que visitam estes dois concelhos pertencem a faixas etárias mais elevadas, era vital a plataforma ser o mais simples e fácil possível.
O único ponto fraco da iniciativa é o facto de ser mais destinado a estrangeiros do que a portugueses ou a residentes em Portugal. Os preços praticados pelos referidos campos a não-sócios que sejam membros da Federação Portuguesa de Golfe (FPG) são, apesar de tudo, mais baixos do que o valor do ‘Passaporte de Golfe’.
É, contudo, previsível que o Turismo de Cascais venha a rever essa situação junto dos campos de golfe e que, no futuro, possa haver um ‘Passaporte de Golfe’ mais competitivo para o mercado nacional.
Um mercado que, apesar de tudo, é o principal na região. De acordo com dados que foram-nos fornecidos através do documento ‘Turismo em Cascais, Facts & Figures 2022’, venderam-se no ano passado 215.805 voltas de golfe nestes campos. Ora 132.756 deles foram a portugueses (61,5%) e 83.049 a estrangeiros (38,5%).
Claro que temos de levar em conta que, quer o Lisbon, quer o Estoril, são dois dos mais antigos clubes de golfe do país, com muitos sócios, que jogam várias vezes por semana, enquanto o Beloura é muito procurado por clubes portugueses sem campo. Isso reforça o número de voltas nacionais.
Ainda de acordo com este documento, da autoria do Cascais Data Center, as voltas decorrentes do primeiro ano do ‘Passaporte de Golfe’ fixaram-se nas 2.648. É um início e a previsão de crescimento é enorme, sendo importante apostar agora na divulgação do projeto.
O estudo de Cascais referente a 2022 apresenta vários dados importantes e é interessante verificar que há um grande crescimento do mercado norte-americano.
No ranking das dormidas, se não contarmos com Portugal, os Estados Unidos aparecem no terceiro lugar absoluto, com 67.163. O Reino Unido lidera com 125.028. Dessas mais de 67 mil dormidas (tinham sido pouco mais de 21 mil em 2021), 37.547 são em hotéis de cinco estrelas. Os norte-americanos preferem, declaradamente, um turismo de qualidade.
Mas depois, quando olhamos para a classificação dos mercados emissores de voltas de golfe vendidas em Cascais, constamos que os Estados Unidos não fazem parte do top-10, naturalmente liderado pelo Reino Unido, com 24.476 (11,3%).
Nenhum outro país chega a uma quota de 5%. No entanto, se juntarmos os números da Suécia, Dinamarca e Finlândia chegamos a um total de 6,3%. A Escandinávia (no sentido lato podemos incluir a Finlândia nesse território nórdico) tem um peso importante.
Tendo os Estados Unidos seguramente mais de 30 milhões de praticantes (havendo estudos que apontam para muito perto dos 35 milhões), é obviamente um mercado apetecível.
Talvez valesse a pena tentar perceber se o número crescente de norte-americanos que visitam Cascais encerra uma percentagem elevada de golfistas. No caso da resposta ser positiva, importaria indagar as razões de o golfe, aparentemente, não fazer parte das atividades realizadas entre nós.
O ‘Passaporte de Golfe’ é, indiscutivelmente, uma ideia bem concebida e executada. E para divulgá-lo melhor, o Turismo de Cascais recebeu um grupo de membros dos media no Onyria Quinta da Marinha Golf Resort.
Uma jornada que incluiu uma ‘clínica’ de golfe no ‘driving range’ com o profissional Gledson Sant’ Ana, um profissional da PGA do Brasil, que há alguns anos é sócio da PGA de Portugal. Aliás, tem participado em alguns torneios do circuito profissional português e até chegou a ser ‘caddie’ de Pedro Figueiredo em competições internacionais.
Seguiu-se uma visita ao campo de 18 buracos, desenhado por Robert Trent Jones Senior, enquadrado a norte e este pela Serra de Sintra e a oeste e sul pelo oceano Atlântico. As vistas ‘marinhas’ são sobretudo arrebatadoras quando descemos em direção ao green do famoso buraco 13.
O ‘Sales Manager’ Paulo Cabral deu a conhecer algumas ‘suites’ e o ‘Spa’ do Onyria Quinta da Marinha Hotel, bem como as instalações do Onyria Marinha Boutique Hotel.
E embora qualquer uma destas unidades hoteleiras de cinco estrelas esteja perfeitamente preparada para receber o mais exigente dos golfistas, a nossa preferência foi, de caras, para o charme acolhedor das ‘Villas Golf’, cuja arquitetura enquadra-se ainda melhor na natureza e também no ambiente histórico de décadas da Quinta da Marinha. Aliás, ficam mesmo juntas ao icónico Pavilhão de Caça que, conta-se, foi frequentemente usado pelo rei D. Carlos I.
Ao lado do Pavilhão de Caça, situa-se a ‘Clubhouse’ e o seu restaurante, onde Manuel Saragga Heitor, o Diretor de golfe do Onyria Quinta da Marinha Golf Resort, recebeu os convidados para um almoço.
Foi nessa altura que Marta Garcia, Residential Tourism & Golf Manager do Turismo de Cascais, deu mais alguns detalhes do ‘Passaporte de Golfe’.
Agora, é esperar por 11 de dezembro e ver se o golfe ganha mais um prémio no nosso país.