Investimento no campo madeirense permitirá redução de 2/3 dos actuais consumos
O presidente do madeirense Clube de Golf Santo da Serra (CGSS), António Henriques, e a empresa Electroflow apresentaram esta manhã a solução de engenharia hidráulica que vai permitir uma poupança substancial e uma gestão mais eficaz da água necessária ao funcionamento do campo durante todo o ano.
O sistema de rega actual do CGSS foi instalado ainda durante os anos 80, pelo que o mesmo encontra-se antiquado e primitivo. Após uma auditoria realizada pela empresa Geodesenho (Planeamento e consultadoria do Ambiente), empresa especialista na projeção de sistemas automatizados de rega em campos de golfe, constatou-se que o atual sistema de rega, necessita de 2,200m3 / dia de água para manter as superfícies relvadas em condições adequadas.
Com a evolução tecnológica nesta área, foi imperativo para o CGSS encomendar um projeto à empresa, tendo esta apresentado uma solução com uma redução de cerca de 2/3 dos actuais consumos. A Geodesenho elaborou um projeto onde o consumo de água se irá situar nos 750m3/dia. Uma solução mais inteligente e eficiente e ainda com redução significativa das áreas atuais relvadas regadas, não essenciais.
O CGSS lançou um concurso público, onde concorreram cinco empresas especialistas nas áreas de campos de golfe e sistemas de rega, o qual foi ganho, e encontra-se já adjudicado a uma empresa madeirense – ElectroFlow, Lda. especialistas em engenharia hidráulica, que juntamente com a multinacional Toro vão executar o projeto.
A Electroflow projetou um sistema de telegestão integrado que será pioneiro na gestão de hidráulica em campos de golfe. Esta telegestão irá permitir uma monitorização em tempo real de toda a ramagem do sistema, e em caso de qualquer fuga, irá indicar a localização exata, evitando deste modo perdas de água. O sistema de telegestão também tem sensores de humidade inteligentes, capazes de detetar a necessidade ou não de rega em determinadas zonas relvadas do campo.
De acrescentar que estão a ser desenvolvidos esforços com a colaboração da Águas e Resíduos da Madeira (ARM), para a reabilitação das quatro lagoas existentes no campo, que através da captação de forma natural das águas pluviais e da criação de um sistema de interligação entre as mesmas, vai permitir a utilização dessa mesma água na rega do campo quando necessário e reforçar a água disponível para regadio da zona de Água de Pena.
Calcula-se que a capacidade instalada das lagoas seja da ordem dos 40,000 m3, volume este que irá reforçar a capacidade de armazenamento do sistema da Lagoa do Santo.
O CGSS gere o campo que é propriedade da Região Autónoma da Madeira, e com este investimento, estará a valorizar a propriedade como também capacitar o campo para que durante os 12 meses do ano, o campo estará apto a receber qualquer competição, turista, visitante ou associado.
Trata-se de um investimento de 1,5 milhões de euros que já está em execução num dos três campos de 9 buracos, estando previsto o fim da obra para dentro de sete meses. Miguel Franco de Sousa, presidente da FPG, deslocou-se ao CGSS para apadrinhar a presentação do projecto