Nuno Sepúlveda encabeça direcção para mandato de três anos (2024-2027) com objectivos bem definidos
Eleito presidente do Conselho Nacional da Indústria do Golfe (CNIG) para um mandato de três anos (2024-2027), Nuno Sepúlveda pretende resolver neste triénio as questões ligadas à água, ao IVA, ao regresso de um grande torneio, à falta de ‘data’, ao melhor aproveitamento do PRR.
O representante da Details – que detém os campos de Vilamoura, Palmares, Aroeira e Vale de Pisão – dirigiu pela primeira vez a associação dos proprietários de campos de golfe durante seis meses, assegurando a transição do anterior presidente, Luís Correia da Silva, um antigo secretário de Estado do Turismo, ex-CEO do Dom Pedro Golf.
Uma única lista apresentou-se às eleições perante os 46 membros do CNIG e os novos orgãos sociais prometem um mandato em que a diversidade dos seus membros é apresentada como uma força homogénea.
A Direção é composta por Nuno Sepúlveda (Details) e pelos vogais Frederico Brion Sanches (Silver Coast Golf Club), Luís Cameira (Estela Golf Club), Ricardo Abreu (Clube de Golf do Santo da Serra), Jorge Papa (Imoreguengo), Rodrigo Ulrich (Clux Comporta golf) e Pedro Castelo Branco (Clube de Golfe Royal Óbidos).
A Mesa da Assembleia Geral é constituída pelo presidente Alexandre Barroso (Golf Time), o vice-presidente Hugo Santos (Estoril Plage) e o secretário Hugo Amaral (Albatroz Fantasy).
O Conselho Fiscal é liderado pelo presidente Carlos Pinto Coelho (Guia), secundado pelos vogais Francisco Cadete (Golf Béltico) e João Paulo Sousa (Benamor).
“A ideia foi trazermos uma amostra representativa do golfe em Portugal. Cada um com as suas verdades, qualidades e necessidades”, disse Nuno Sepúlveda ao GolfTattoo.
A presença de campos de golfe do norte, litoral oeste, Cascais, margem sul de Lisboa, litoral alentejano, Algarve e Madeira assegura uma multiplicidade geográfica, realmente, representativa. Mas também encontramos desde campos/clubes tradicionais, a campos turísticos que valem por si só, a outros inseridos em resorts com hotel e outros produtos, e ainda a campos propriedade de fundos de investimento. Todos unidos em objectivos comuns.
Algo que ressalta imediatamente desta lista de orgãos sociais é a presença de membros que já exercem cargos de alguma forma equivalentes noutras entidades reguladoras do golfe nacional. Uma realidade que poderá favorecer o reforço do diálogo entre várias instituições, proporcionando mais sinergias no golfe nacional.
Por exemplo, João Paulo Sousa é igualmente vogal da Direção da Federação Portuguesa de Golfe e ainda director da Associação de Gestores de Golf. Esta última, que agrega diretores de campos de golfe, é presidida por Alexandre Barroso e tem Francisco Cadete como vice-presidente.
“No CNIG temos a ideia de precisarmos de uma concertação, umas duas vezes por ano, com todas as partes envolvidas. Precisamos de reuniões bianuais com o CNIG, FPG, Associação de Greenkeepers, Associação de Gestores, PGA de Portugal… temos de sentarmo-nos à mesa duas vezes por ano para vermos os alinhamentos. Isso é muito positivo”, assegurou Nuno Sepúlveda.
O novo presidente do CNIG resumiu desta forma o programa da sua equipa para o próximo triénio: “A água é um assunto importante, não tanto de um ponto de vista técnico, mas mais na questão da desburocratização. O IVA é um assunto em cima da mesa. O grande evento desportivo que falta, os eventos, o apoio ao golfe é outra questão. A requalificação dos campos de golfe e o PRR, em linhas de financiamento possíveis também. Investir consideravelmente em estudos com entidades, empresas, universidades, credenciadas, para apoiarem o golfe em Portugal é fundamental. É nisso que queremos trabalhar, num alinhamento com todas as instituições que puxam pelo golfe. É obrigatório. Se conseguirmos isto, será um bom trinénio.”