Lesão nas costas subsiste ao fim de mais de um ano para algarvio da universidade de Central Florida
José Maria Jóia acompanhou Ricardo Melo Gouveia nestes últimos quatro anos nos Estados Unidos. Os dois jogadores do Clube de Golfe de Vilamoura fizeram juntos, em 2010-2011, a primeira época na universidade de Lynn, em Boca Ratton (Florida), contribuindo para que esta fosse vice-campeã na divisão 2 da NCAA (National Collegiate Athletic Association); em 2011-2012, mudaram-se para os Knights da Central Florida (Orlando), já da Divisão 1 – e mantiveram-se em destaque, por duas vezes (2011-2012 e 2012-2013) garantindo presença no NCAA Championship, a final do circuito universitário norte-americano.
Entretanto, Ricardo Melo Gouveia concluiu o curso neste último Verão e tornou-se de imediato profissional, com o sucesso que se sabe: venceu no Challenge Tour em Roma e é já o melhor português no ranking mundial (415º). Quanto a Jóia, deparou-se com uma lesão nas costas (na lombar esquerda) que, para começar, o afastou da competição durante toda a temporada de 2013-2014, limitando-se nesse período ao treino do jogo curto. Foi para ele, como os americanos lhe chamam em termos técnicos, um Red-Shirt Year. “Rasguei a fáscia [membrana que envolve os músculos] e não curou bem, é uma lesão mal tratada", explica.
Embora tenha regressado à competição na Fall Season da presente época (2014-2015), com quatro torneios e alguns resultados interessantes (foi o melhor na equipa dos Knights no Northern Intercollegiate e o segundo melhor no Hartford Hawks Invitational), o algarvio ainda não está curado, motivo pelo qual aproveitou as férias de Natal e Ano Novo em Portugal para consultar alguns especialistas, nomeadamente o neurocirurgião Gonçalo Neto Almeida, do Hospital Lusíadas, em Lisboa, que lhe aconselhou uma TAC específica e lhe deu duas opções: ou cirurgia ou infiltração. “Quando jogo dias seguidos, tenho de defender-me um bocado, fico para trás”, disse.
Quando, a 9 de Janeiro, regressar a Orlando na companhia da sua namorada americana Allyson Henning (que está de férias em Portugal desde o dia 27), Jóia leva com ele um relatório médico para ser apresentado aos responsáveis da UCF e então se decidir o que fazer, mas o jogador, que concluirá o seu curso de Business na UCF no próximo Verão, não descarta a hipótese de ter de abandonar a planeada carreira como jogador profissional de golfe. “Se o golfe se fechar, abrem-se outros caminhos, não fico desiludido.” O primeiro torneio do ano para os Knights joga-se a 14 e 15 de Fevereiro em Gainesville, na Florida – é o SunTrust Gator Invitational.
Com a namorada, Allyson, de férias em Portugal / © D.R.
Eis os resultados de José Maria Jóia – e dos Knights da UCF – nos quatro torneios que jogou na Fall Season em Setembro e Outubro:
Northern Intercollegiate (Sugar Grove, Illinois)
Jóia: 21º lugar individual, com 73-76-76 (+9) UCF: 10º lugar por equipas (+15)
Hartford Hawks Invitational (South Kent, Connecticut)
Jóia: 11º lugar individual, com 75-73-75 (+7) UCF: 2º lugar (+12)
Shoal Creek Inter-Collegiate (Birmingham, Alabama)
Jóia: 29º lugar individual, com 74-69-81 (+4) UCF: 8º lugar (+22)
Tavistock Collegiate Invitational (Orlando, Florida)
Jóia: 40º lugar,com 71-75-71 (+1) UCF: 12º (par)