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Dani despede-se do U.S. Amateur e segue para Texas A&M
13/08/2020 11:13 GolfTattoo
Daniel Rodrigues no momento em que falhou o putt para birdie no primeiro buraco do play-off em Bandon Dunes © Steve Gibbons/USGA

Campeão nacional promete voltar para tentar conquistar o mais ambicionado ceptro do golfe amador mundial

Na quarta-feira, ao terceiro dia do U.S. Amateur Championship, era uma tarefa difícil a que Daniel Rodrigues tinha pela frente no campo de Bandon Dunes, no estado do Oregon: jogar um play-off a 18 jogadores, com apenas três vagas disponíveis para a fase de match play (por eliminatórias). O jovem português caiu ao segundo buraco, mas não esmoreceu. 

Afinal, depois de Ricardo Melo Gouveia (2012 e 2013) e de Pedro Figueiredo (2012), foi apenas o terceiro português a participar naquela que é a mais ambicionada prova do golfe amador mundial e um dos dois majors neste capítulo, a par do The Amateur Championship, a sua versão britânica. E tem apenas 17 anos (faz 18 a 14 de setembro), quando o torneio teve uma média de idades de 23,16. 

“Em termos de resultado final, não considero que tenha sido positivo porque o objetivo era obviamente chegar ao match play e daí avançar o mais possível”, disse ao Gabinete de Imprensa da FPG. 

“Senti-me bem no campo nos dois dias, e acho que o facto de no segundo dia o vento ter mudado em relação às voltas de treino e ao primeiro dia, fez com que aparecessem shots mais fora do normal”, acrescentou. “Não fica bem dizer isto por estas palavras, mas tive falta de sorte… tanto na volta de ontem como hoje no play-off. O golfe é assim, e só assim se aprende! Cá estaremos nos próximos anos para tentar colocar o nome no troféu!”. 

Dani fez questão de deixar uma nota de agradecimento a toda a gente que o "apoiou imenso nestes últimos dias e que fez com que parecesse menos difícil estar sozinho...”

Agora segue-se a universidade Texas A&M, onde será uma estrela da respetiva equipa de golfe dos “Aggies”. Como encara ele este novo desafio? “Encaro como um novo objetivo”, responde. “Vai ser a minha casa nos próximos quatro anos. Vou trabalhar muito para conseguir chegar aonde quero.” 

Recapitulando em termos competitivos, Dani, na fase de stroke play (por pancadas), depois da brilhante primeira volta de 70 (-2) pancadas no campo de Bandon Dunes (Par 72), que lhe deu um lugar entre os 18.ºs, marcou 75 (+4) na segunda (concluída na madrugada de quarta-feira, horas portuguesas), no palco de Bandon Trails (Par 71), caindo para o grupo dos 62.ºs, todos com um total de 145 (+2). 

Apurando-se os 64 primeiros — de entre 264 concorrentes iniciais — para a segunda fase da competição, os 18 jogadores que terminaram a fase de stroke play (por pancadas) com aquele agregado teriam então de desempatar, havendo apenas 3 vagas disponíveis. 

O play-off foi jogado em stroke play, buraco a buraco, com os jogadores a saírem em quatro grupos distintos — dois com 4 jogadores e dois com 5. Não foi além dos dois buracos, ambos de Par 4. No primeiro buraco, o 10, começaram por apurar-se Cameron Sisk e Evan Katz, ambos com birdie. No segundo, foi Aaron Du o único a fazer birdie entre os que ainda estavam em campo, completando o trio. Dani fez Par no 10 e bogey no 11.

A fase de stroke play foi ganha pelo norte-americano Wilson Furr, com 132 (70-62), -11. James Piot foi segundo com 134 (69-65) e Ben Shipp terceiro com 135 (68-67).