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Erros e má fortuna dos nossos homens
06/07/2016 05:51 HUGO RIBEIRO/FPG
A seleção não entrou com o pé direito no Europeu de golfe em França / © FPG

Portugal em 14.º entre 16 países no Campeonato da Europa por Equipas em França

Não foi por acaso que Tomás Silva foi 5.º classificado no último Campeonato Internacional Amador de França, com um agregado de 1 pancada abaixo do Par, a sua melhor classificação de 2016 em torneios a contar para o ranking mundial amador. 

Esta terça-feira voltou a competir no mesmo Golf de Chantilly, nos arredores de Paris, e o vice-campeão nacional amador brilhou de novo, igualando o Par-71 do percurso Vineuil, um resultado que lhe valeu o 16º lugar empatado entre 96 participantes. 

“A nível individual, foi um dia em que estive bem, apenas bati alguns drivers menos bons nos primeiros buracos que me custaram 2 bogeys mas consegui recuperar ao longo do jogo”, escreveu Tomás Silva na sua conta oficial de Facebook, depois de um cartão com um front nine em +1 e um back nine em -1 (total de 4 birdies). 

Pena é que este regresso a Chantilly tenha sido para um torneio coletivo e não individual. Trata-se do Campeonato da Europa para Equipas Masculinas e nessa classificação Portugal terminou a primeira jornada num modesto 14.º lugar entre 16 equipas, ou seja, muito longe do top-8 que irá discutir o título, entre quinta-feira e sábado. 

A seleção nacional totaliza 374 pancadas, 19 acima do Par, e só tem atrás de si a Holanda (+20) e a Bélgica (+21). O 8.º lugar pertence à Itália (+7), a 12 pancadas de distância de Portugal. Não sendo impossível, é extremamente difícil chegar hoje (quarta-feira) ao top-8. 

Contudo, não poderemos esquecer que, apesar do sonho de lutar pelo primeiro flight (Grupo-1), o principal objetivo de Portugal é permanecer na primeira divisão, depois de no ano passado se ter sagrado campeão da segunda divisão do Europeu. 

O selecionador nacional, Nuno Campino (coadjuvado pelo técnico José Pedro Almeida), em declarações ao Gabinete de Imprensa da FPG, estava compreensivelmente desiludido, até porque sentiu que teria sido possível mais, mas ainda não atirou a toalha ao chão: 

“De manhã jogámos sólidos, com bons resultados do Tomás e do Francisco. À tarde precisávamos apenas de dois bons resultados, mas não conseguimos. Jogámos muito mal, com erros estratégicos, maus shots, algo que não é aceitável num Campeonato de Europa de Equipas." 

Com efeito, para além do 16.º lugar de Tomás Silva, também Francisco Oliveira esteve em bom plano. Numa primeira volta em que só houve 15 resultados abaixo do Par, o algarvio que estuda e compete nos Estados Unidos entregou um cartão de 72 (+1), o suficiente para estar no grupo dos 28.ºs classificados, numa volta que terminou em grande, com 1 eagle no 18. Nem parecia estar a estrear-se a este nível. 

De resto, Vítor Lopes e João Girão integraram o grupo dos 48.ºs classificados com 74 (+3), Tomás Bessa foi 94.º com 83 (+12) e Afonso Girão empatou no 95.º posto com 84 (+13). 

O European Amateur Team Championship tem na frente a Dinamarca com 355 (Par), enquanto a classificação individual (menos importante) é encabeçada pelo norueguês Kristoffer Ventura e pelo finlandês Kim Koivu, ambos com 67 (-4). 

A última vez que Portugal participou na primeira divisão foi na Finlândia, em 2014, tendo terminado no 15.º e penúltimo lugar, daí ter disputado a segunda divisão em 2015.