Estreia memorável em campeonatos nacionais reforça selecção mid-amateur

Francisco Cazal-Ribeiro, residente em Madrid há 17 anos, membro do Golf La Moraleja e da Real Federação Espanhola de Golfe, 3,1 de handicap, filiou-se na Federação Portuguesa de Golfe (FPG) no início do ano através do ACP Golfe e veio no passado fim-de-semana a Portugal jogar o seu primeiro campeonato nacional no país, o de Mid-Amateurs (escalão acima dos 30 anos).

E foi chegar, ver e… quase vencer. Fez uma grande prova em Ribagolfe: terminou no terceiro lugar, a uma pancada de se juntar no play-off ao seu primo José Maria Cazal-Ribeiro e a Luís Costa Macedo, com os quais jogou no último dia no grupo de honra, chegando a liderar no domingo após concluir os primeiros 9 buracos com 1 abaixo do par.

Mas o que o levou a competir no seu país ao fim de tanto tempo? Começar a marcar posição para vir a ser um dos jogadores eventualmente convocados pela FPG para a representar no European Mid-Amateur Championship, do calendário da EGA, marcado para de 8 a 10 de Junho no Real Club de la Puerta de Hierro, em Madrid.

“Apesar de ainda faltarem alguns meses para o Campeonato da Europa e de não haver um processo de selecção específico, os que fizeram o top-3 provaram que estão em melhor forma do que os outros”, diz Manuel Quinta, vice-presidente da FPG e representante da direcção no Nacional Mid-Amateur. “É um torneio do qual os portugueses têm estado ausentes e que não está previsto nos orçamentos da FPG, mas gostaríamos de nomear e inscrever três jogadores, que é o número normal de participantes de cada federação”, acrescentou.

De 43 anos, Francisco Cazal-Ribeiro faz parte da equipa mid-amateur do Golf La Moraleja e diz que pretende começar a jogar cada vez mais competições em Portugal, sendo que uma delas será certamente o Campeonato Nacional de Clubes Mid-Amateur pelo ACP Golfe, a 3 e 4 de Junho, no Morgado Golf Course (que será palco do Open de Portugal em Maio), quase em cima da data do European Mid-Amateur Championship.

 Residente em Madrid, Francisco jogou o seu primeiro campeonato nacional em Portugal / © Filipe Guerra

Curiosamente, ele é afilhado da avó materna de Ricardo Melo Gouveia e grande amigo do pai deste, Tomás, do tempo em que ainda jogavam râguebi no CDUL. “Sempre que vou ao Algarve tento vê-los e até jogar com eles, e acompanho a par e passo a carreira do Ricardo”, conta. “Fiquei maravilhado com o final de época dele em 2016 e acho que há uma grande esperança em relação às suas potencialidades – aliás ele tem batido todos os recordes do golfe português.”

Sobre a participação no Nacional Mid-Amateur, diz que foi uma experiência óptima e mais gratificante ainda por ter tido a oportunidade de jogar com o seu primo José Maria, que viria a vencer a prova. “No último dia fiz uma grande primeira volta, comecei mal a segunda com dois bogeys e 1 duplo bogey nos 10, 11 e 12 e depois completei o resto do campo com pares”, resume. “Fiquei com pena do último buraco, o meu drive ficou atrás da árvore e não me permitiu chegar ao green em duas para tentar fazer o birdie e jogar o play-off com eles.”