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João Carlota derrotou bicampeão da Europa
30/08/2014 17:35 Rodrigo Cordoeiro
João Carlota demonstrou uma vez mais ser uma máquina de fazer birdies / © FILIPE GUERRA

Grande exibição frente ao nº12 do ranking mundial amador Ashley Chesters no St. Andrews Trophy

Se havia dúvidas quanto ao mérito da convocatória de João Carlota, para a selecção da Europa Continental no St. Andrews Trophy, elas desvaneceram-se com o seu desempenho no Barsebäck Golf & Country Club, em Malmo Suécia.

Este encontro realiza-se de dois em dois anos, opondo, em equipas de 9 jogadores, os melhores da Europa Continental aos melhores da Grã-Bretanha-Irlanda, constituindo-se de duas jornadas, cada uma com quatro encontros de pares em foursomes e oito de singulares. São 24 partidas e estão 24 pontos em jogo.

Embora tenha perdido os dois matches de foursomes, Carlota ganhou os seus dois singles e o de hoje, no segundo e último dia de prova, foi frente ao inglês Ashley Chesters, que a 9 de Agosto último se tornou o primeiro jogador da história a vencer duas vezes seguidas o Campeonato da Europa Invididual. Ah, e Chesters é 12º no ranking mundial amador, ao passo que Carlota é 229º.

No primeiro dia, Carlota derrotara o também inglês Ryan Evans (24º no ranking mundial), no 18, por 1 up.

Frente a Chesters, o português não começou bem, fez dois bogeys nos primeiros três buracos e ficou de imediato a perder 2 down. Mas depois veio o espectáculo: 6 birdies até ao final do percurso, nos buracos 5, 7, 8, 9, 13 e 17.

O 18 não se chegou a jogar porque o jogador do Clube de Golfe de Vilamoura garantira já a vitória no 17, por 2/1. Ashley Chesters, com 3 birdies (5, 6 e 16) e um bogey (4), nada pôde fazer contra o português.

“Não entrei bem, mas dei a volta ao jogo. Sabia que estava a jogar bem e que os birdies iriam acontecer”, contou Carlota a GOLFTATTOO. “O Ashley é um bom jogador, não comete muitos erros, mas é um jogador que também não faz muitos birdies, ao passo que eu, se estiver sólido, consigo fazer 7 ou 8. Contra mim, ele nunca esteve muito perto da bandeira, e eu consegui estar sempre a colocar-lhe pressão, o que é importante no match play,acrescentou.

Em relação aos foursomes que perdeu, no primeiro dia em parceria com o suíço Mathias Eggenberger, no segundo com o espanhol Daniel Berna, o vice-campeão  nacional absoluto de 2014 lamenta que a Europa Continental não tenha encontrado “equilíbrio” entre os seus pares. “Foi difícil encontrar um jogador com quem pudesse jogar bem, porque eu estou realmente a jogar bem”, afirma.

A Europa Continental hipotecou as hipóteses de manter o troféu conquistado nas últimas duas edições (2010 e 2012) ao perder hoje de manhã os quatro foursomes. De tarde, nos singles, chegou a estar em vantagem em todos os jogos, mas no final registou-se um empate 4-4. Contas feitas, a Grã-Bretanha-Irlanda ganhou por 14-10.

Simultaneamente e no mesmo campo realizou-se o anual do Jacques Léglise Trophy, para boys (sub-18), com o português Miguel Franco de Sousa a capitanear pela segunda vez consecutiva a Europa Continental. Houve grande emoção até ao final e incógnita quanto ao desfecho, que acabaria por ser favorável à Grã-Bretanha-Irlanda pela margem mínima (12,5-11,5), que repetiu o êxito de 2013 em Portamarnock, embora neste caso o triunfo tenha sido mais dilatado (15-9).