Prova decorre no campo inglês de Walton Heath com italiano Luca Chianchetti na frente
Um ano depois de nenhum português ter passado o cut no Campeonato da Europa Individual Amador, Pedro Lencart qualificou-se para o último dia de prova e logo no ano em que se estreou neste major do golfe amador europeu.
João Girão e Vítor Lopes foram afastados aos 54 buracos pelo terceiro ano consecutivo, mas este último brilhou nas despedidas com uma terceira volta de 67 pancadas, 5 abaixo do Par do Old Course do Walton Heath Golf Club, em Inglaterra.
Pedro Lencart, de apenas 17 anos, desceu na sexta-feira do 19.º para o 38º lugar (empatado), depois de uma terceira volta em 73 pancadas (+1), o seu único cartão da semana acima do Par, dado que nos dias anteriores tinha jogado em 71 (-1) e 68 (-8).
O agregado de 212 (-4) permitiu-lhe passar à vontade o cut, fixado em -2 e irá fazer parte da elite dos 64 jogadores que se qualificaram para os últimos 18 buracos de amanhã (Sábado).
A grande exibição do dia pertenceu, contudo, a Vítor Lopes, com 5 birdies e 1 eagle para apenas 2 bogeys e vale a pena salientar que o seu resultado de 67 (-5) foi o mesmo do atual campeão europeu, o italiano Luca Chianchetti, que tem vindo a subir posições todos os dias (era 30.º e 6.º aos 18 e 36 buracos, respetivamente) para assumir o topo da classificação, partilhando o comando com o francês Jerémy Gandon e o italiano Lorenzo Scalise, com 204 (-12).
Vítor Lopes subiu do 116.º posto para o 82.º (empatado), totalizando 217 (74+76+67), +1. João Girão, por seu lado, também obteve hoje a sua melhor volta do torneio, em 71 (-1), para concluir com 223 (77+75+71), +7.
Em declarações ao Gabinete de Imprensa da FPG, Vítor Lopes explicou as razões de ter logrado hoje a melhor volta portuguesa na edição deste ano do Europeu:
“Foi uma boa volta. Infelizmente não foi o suficiente para passar o cut. Terminar com uma volta de -5 é sempre bom, mas há que melhorar bastante nos greens. Esta semana senti-me muito bem do tee ao green, mas, infelizmente, não consegui converter as oportunidades que tive e é por isso que não passei o cut. Nos dois primeiros dias foi (uma exibição) humilhante a nível de putt. Não consegui habituar-me à velocidade dos greens e foi uma série de 3 putts e até de 4 putts!
“Foi só por isso que não consegui três voltas iguais à de hoje. Sinto-me bastante bem com o meu jogo. A técnica já está bastante melhor. Agora só falta acreditar. Passo a passo as coisas vão ao sítio. O golfe implica processos muito lentos que nunca acabam. Há que acreditar e não desistir.”