CG Santo da Serra e Palheiro Golf alinham estratégias comerciais
Os campos de golfe da Madeira alinharam estratégias comerciais para estabelecer finalmente a região como destino de golfe, colocando o foco no cliente e indo ao encontro do desejo dos operadores internacionais. Como? Criando, sob a égide da Associação de Promoção da Madeira, um passaporte de golfe (mas não só) que dá livre-trânsito para jogar no 27 buracos do Clube de Golfe do Santo da Serra (Machico) ou nos 18 do Palheiro Golf (Funchal).
“Os nossos visitantes de golfe podem agora jogar em qualquer campo sem custos acrescidos, escolhendo os que lhes apetecer de acordo com a sua vontade ou com condições climáticas, porque pode estar bom tempo num lugar e mau noutro”, explica Ricardo Abreu, director do CGSS, cujo championship course recebeu o Madeira Open BPI, do European Tour, de 1993 a 2015, com excepção das edições de 2009, 2010 e 2011, as quais tiveram como palco o Porto Santo Golfe, o mais recente percurso madeirense, com 18 buracos de campeonato e um pitch & putt de 9.
O Palheiro, como o Santo da Serra, proporciona vistas fantásticas / © D.R.
Outra novidade, virada para o mercado nacional, são os pacotes de preços acessíveis (25, 30 euros por volta) para grupos de golfistas continentais, mas neste capítulo só se esperam resultados em 2017, uma vez que para 2016 grande parte deles já tem as suas férias marcadas. “Há condições únicas na Madeira, mas temos de estar unidos, e juntos vamos atrair mais volta para cada do que individualmente”, considera o director do Palheiro, o Rodrigo Ulrich. O número de voltas anuais no Palheiro e no Santo de Serra ronda as 20 mil para cada.
O Porto Santo Golfe tinha já em vigor uma política acessível de preços para grupos.
No primeiro trimestre do ano, o número de voltas realizadas nos campos de golfe da Madeira e do Porto Santo aumentou 32,6% em relação a período homólogo. O inquérito aos campos de golfe revela a realização de 18.357 voltas nos três campos entre Janeiro e Março de 2016, tendo esta atividade gerado cerca de 726,7 mil euros de receitas.
Os dados revelam ainda que 77,8% das voltas foram realizadas por não sócios dos referidos campos de golfe, provenientes na sua maioria dos países nórdicos, do Reino Unido e da Alemanha.
Curioso verificar a influência dos estabelecimentos hoteleiros e afins, que venderam 61,4% das voltas. Os operadores turísticos comercializaram 24,8% e os restantes 13,8% foram vendidos pelos próprios campos de golfe.
Em termos de turismo na Madeira, 2015 registou 6,6 milhões de dormidas, mais de 1,2 milhões de turistas e €321 milhões de receitas.