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Mais um grande torneio de Pedro Lencart lá fora
24/07/2016 08:12 HUGO RIBEIRO/FPG
A comitiva da Federação Portuguesa de Golfe na Suíça / © FPG

Depois da vitória no The Junior Open, foi 6.º no European Young Masters

Pedro Lencart está a atravessar a melhor fase de sempre da sua jovem carreira amadora e no sábado foi 6º classificado no European Young Masters, o campeonato da Europa de sub-16, cuja 21.ª edição decorreu no Golf Club du Domaine Impérial, na Suíça. 

Uma semana depois de ter conquistado o título mais importante de sempre de Portugal no escalão de sub-16, no The Junior Open Championship, na Escócia, o campeão nacional amador obteve uma das melhores classificações de portugueses neste torneio organizado pelas Associações Europeia e Suíça de Golfe. 

Ter ganho um major de sub-16 poucos dias antes, transformou subitamente Pedro Lencart num favorito à vitória neste Europeu, um estatuto bem diferente do anonimato com que disputou a prova nos dois anos anteriores. 

Na altura já tinha conseguido classificações positivas: 31.º (+17) em 2014, no Hamburger Golf Club, em Falkenstein, na Alemanha, com apenas 14 anos; e 17.º (+8) em 2015, já neste Golf Club du Domaine Impérial, com 15 anos. 

Note-se que em 2013, no mesmo campo alemão de Hamburgo, Pedro Almeida obteve a melhor classificação portuguesa de sempre na prova, o 3.º lugar (-7), no ano em que também era campeão nacional amador. 

Em 2016 Pedro Lencart participou pela última vez neste torneio e lidou bem com a maior pressão de ser um dos favoritos, abraçando-a com motivação suplementar. 

Andou sempre entre os primeiros, chegou a ser 3.º aos 18 buracos, com 70 (-2) e terminou em 6.º, empatado com o finlandês Oscar Darlington, com um agregado de 216 (Par). 

Foi pena o duplo bogey no buraco 16 da volta de ontem em 75 (+3), porque hoje voltou a atuar em bom plano, em 71 (-1). 

Tal como já se tinha visto na Escócia, Pedro Lencart está a fazer mais birdies do que era habitual em torneios internacionais. Neste torneio foram 11 em três voltas. 

Não ficou muito longe dos 15 birdies do vencedor, o belga Adrien Dumont de Chassart, que totalizou 212 pancadas (73+69+70), 4 abaixo do Par. 

O torneio masculino teve a participação de 57 jogadores e houve ainda outro português, Carlos Laranja, que se estreou com um 35.º posto (empatado), com 234 (76+81+77), +18. 

O torneio feminino contou com 55 jogadoras, duas das quais portuguesas. De Leonor Medeiros, a estrear-se no torneio, não poderia esperar-se muito mais para além de continuar a adquirir experiência competitiva e a campeã nacional de sub-14 foi 50.ª com 261 (85+87+89), +45. 

Tal como aconteceu há dois anos com Pedro Lencart, o selecionador nacional Nuno Campino olha mais para Leonor Medeiros como uma jogadora que poderá vir a ser uma das figuras no European Young Masters de 2018. 

Bem diferente era a exigência relativamente a Joana Silveira, a jogar este Europeu pelo segundo ano seguido. 

No ano passado, a campeã nacional amadora fora 40.ª (+27), embora tenha chegado a andar no top-20. Este ano, Joana Silveira melhorou para 29.ª, empatada com a belga Margaux Appart, com 240 (80+80+80), +24. 

Em 2014 Leonor Bessa fora 12ª classificada (+9). 

O torneio feminino do European Young Masters foi ganho pela finlandesa Elina Saksa com 216 (77+72+67), Par. 

Na classificação por equipas, entre 28 países participantes, Portugal terminou no 15.º lugar, com 690 (226+236+228), +42. Ganhou a República Checa com 656 (215+218+223), +8. 

Como se pode verificar, o Golf Club du Domaine Impérial, situado nas margens do lago Léman, entre Lausana e Genebra, foi um teste bem duro. 

Aos 54 buracos, nenhum país logrou ficar abaixo do Par, no torneio feminino só a vencedora igualou o Par e no masculino houve apenas cinco jogadores a baterem o Par! 

É neste contexto que se compreende a natural satisfação do selecionador nacional, Nuno Campino, ao expressar-se na sua conta profissional no Facebook: “Tivemos uma semana cheia de coisas positivas, mas claro que ainda há muito trabalho pela frente.” 

Em declarações ao Gabinete de Imprensa da FPG, Nuno Campino acrescentou que “o Pedro conseguiu mais um bom lugar. Jogou bem, claro que podia ter sido melhor. Todos eles cometeram alguns erros estratégicos, algumas más decisões e escolha errada do shot para a situação, mas é para isto que andamos aqui para aprendermos e ficarmos mais fortes”.