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“Não é obsessão mas sonho em conquistar o tri”
21/04/2016 09:39 RODRIGO CORDOEIRO
Tomás Silva em actuação no último torneio que disputou, a Lisbon Cup / © FILIPE GUERRA

Tomás Silva pronto para defesa do título no Campeonato Nacional Absoluto Peugeot

Já a partir de amanhã Tomás Silva vai lutar no Oporto Golf Club, em Espinho, para vencer pela terceira vez consecutiva o Campeonato Nacional Absoluto Peugeot. Desde que o torneio, em 2007, mudou a sua modalidade de match play para stroke play, já houve dois amadores de eleição que tentaram ser tricampeões e não conseguiram: Pedro Figueiredo (vencedor em 2007 e 2008) e Gonçalo Pinto (2011 e 2012). Mas Tomás Silva, do Clube de Golfe do Estoril, venceu também em 2010, pelo que procura o seu quarto título no Campeonato. Actualmente dedicado apenas ao golfe, já venceu duas vezes este ano, no 1.º Torneio do Circuito FPG (Penina), em Janeiro, e na Lisbon Cup (Lisbon Sports Club), no início de Abril, naquele que foi aliás último torneio que realizou. Falámos com ele na quarta-feira, ontem, dois antes do início do Campeonato.

Tal como no ano passado, Tomás terá o seu pai, José, a caddie / © FILIPE GUERRA

GOLFTATTOO – Como te sentes para a defesa do titulo, na perseguição ao tricampeonato que seria o quarto da tua carreira? 

TOMÁS SILVA – Sinto-me confiante. Sinto que tenho trabalhado bem estas últimas semanas. Tenho cumprido com tudo o que me propus a fazer. Aproveitei esta pausa (desde o 2.º Torneio da FPG) para investir um pouco mais na parte física e nas partes menos boas do jogo com a ajuda de um plano traçado pelo Nuno Campino [seleccionador nacional]. Tenho que referir também que fisicamente sinto-me muito mais estável devido à alimentação que tenho feito. Comecei a ser acompanhado pelo nutricionista André Matias e sinto-me bastante mais “presente” e consciente nos treinos e consequentemente em campo. Por isso, acho que vai ser um bom campeonato. 

Recordo-me da falar contigo há cinco anos antes de iniciares em 2011 a defesa do teu primeiro título (de 2010) no mesmo campo do Oporto. Na altura estavas confiante mas acabaste num modesto 14º lugar... 

Sim, é verdade. Lembro-me que tive um primeiro dia para esquecer. Lembro-me que fiz um 9 ou um 10 no buraco 6 e perdi-me um bocadinho. Deixei-me levar pelas emoções e acabei com um 86 se não me engano. Depois foi correr atrás do prejuízo mas era muito complicado. Mas cresci desde então e já sei encarar melhor essas situações adversas. 

O Oporto é um campo peculiar, agrada-te para um Campeonato Nacional Absoluto? 

Não é um campo que maximize os pontos fortes do meu jogo mas sinto que me preparei bem para esta competição e fiz uma boa leitura de como o jogar com a ajuda do José Sousa e Mello. 

Fala-me de como o José Sousa e Mello te ajudou para este Campeonato Nacional no Oporto e qual o papel que ele desempenha actualmente no teu jogo... 

Ele conhece bem o meu jogo, os meus pontos menos bons e sabe como maximizar o meu jogo. Além disso conhece bem Espinho e por isso foi uma ajuda no planeamento da estratégia. Tem-me ajudado no que toca a interpretar o shot e o momento do jogo e tem sido muito importante a sua ajuda. 

Venceste o último torneio que jogaste, a Lisbon Cup/FPG no início deste mês. Os teus dias desde então têm sido passados a pensar no Campeonato? 

Sim, sem dúvida. Não é obsessão mas sonho em conquistar o tri este ano e por isso preparei-me para isso mesmo. Fiz uma boa leitura do campo, dos shots que vou ter que dar, esteja vento norte ou sul ou mesmo sem vento, e por isso acho que estou bem preparado. Já a própria Lisbon Cup joguei um bocadinho a pensar no Campeonato –  tentei dar o máximo de shots que posso vir a dar em Espinho, para estar habituado e confortável com eles. 

Falaste há pouco do Nuno Campino. É com ele que trabalhas? Tinha ideia que era com o David Lewellyn... 

Continuo a trabalhar com o David em termos técnicos. Mas pedi ao Nuno, uma vez que é ele que nos acompanha em quase todos os torneios que jogamos, para me fazer um plano de treino. Ele conhece bem as minhas debilidades e por isso mesmo fez-me um plano que tenho cumprido à risca. 

Quando chegas ao Oporto? O teu pai será teu caddie? 

Chego na quinta feira de manhã [hoje] e apenas vou fazer uma volta de treino. Ficamos nos apartamentos da Solverde e a caddie levo, claro, o meu pai. 

Qual é o jogador que mais temes para esta semana? 

Não temo nenhum jogador. Dependo de mim próprio e sei que se conseguir fazer um bom torneio tenho boas hipóteses de conquistar o tri.