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O “Perfect Day” de José Maria Cazal-Ribeiro
03/04/2017 08:20 RODRIGO CORDOEIRO
Cazal-Ribeiro (à esquerda) com Costa Macedo após o play-off em Ribagolfe / © FILIPE GUERRA

Um domingo de sonho deu em vitória no Campeonato Nacional de Mid-Amateurs BPI

Se houvesse uma música para ilustrar a vitória de José Maria Cazal-Ribeiro, ontem, no Campeonato Nacional de Mid-Amateurs BPI (escalão acima dos 30 anos), no Ribagolfe 1, ela seria o “Perfect Day”, de Lou Reed. “Oh, it's such a perfect day, I'm glad I spent it with you…” 

Estava um dia primaveril de sol radioso, um campo em grandes condições do qual ele foi director durante nove anos e os seus parceiros de jogo eram dois “irmãos”, o seu primo Francisco e o seu melhor amigo e companheiro de clube, Luís Costa Macedo. Não era a feijões, mas até nisso houve mais gozo. 

“Não posso perder dois anos seguidos no play-off”, disse para o seu caddie, Pedro Nunes Pedro, outro grande amigo e presidente do clube que representa desde sempre, o Lisbon Sports Club, que aliás é o clube campeão nacional de mid-amateurs por equipas em 2016. 

Dirigiam-se para o tee do 18 (par-4), para o primeiro buraco do play-off frente a Costa Macedo, depois de ambos terem concluído as duas voltas regulamentares com 151 pancadas, 7 acima do par. Francisco ficou a 1 shot de se lhes juntar no desempate. 

O ano passado, na sua primeira participação no torneio, José Maria tinha perdido o título para Romeu Gonçalves, do CG Vilamoura, com duplo bogey no desempate por “morte súbita”. Desta vez não falhou batendo o novo adversário com birdie 3. 

“Teve de ser ele a sofrer”, lamentou Cazal-Ribeiro (voltas de 76-75), de 40 anos, ao passo que Costa Macedo (77-74), 37, comentou: “Na minha opinião é um justo vencedor, mas se fosse eu a ganhar também não ficava mal.”

Este foi o primeiro título nacional individual de Cazal-Ribeiro desde que foi campeão nacional amador absoluto em 2000, no mesmo ano em que também venceu o outro major do calendário português, a Taça da Federação. 

Seguiu-se um breve período como jogador profissional de competição e depois começou a trabalhar no golfe, tendo estado cerca de 10 anos sem competir. Mas no Verão passado recuperou a motivação para jogar e tem-se “divertido imenso”. 

Se a prova masculina teve 95 participantes, a feminina contou com apenas 5 jogadoras, saindo campeã Ana Paula Saúde, do CG Estoril, com 177 (88-89), 33 acima do par. Deixou Mafalda Magalhães (Oeiras) e Beatriz Simon (Estoril) à distância mínima, com o título de vice-campeã a ser atribuída à primeira, por ter feito uma melhor segunda volta. 

“Estou contente por ter ganhado, mas sinto-me um bocadinho triste por ter jogado tão pouco bem, de facto, fui a que joguei menos mal, porque o jogo não foi bom”, afirmou a nova campeã, que já havia  vencido esta competição em duas ocasiões anteriores.