AcyMailing Module

AM
> Home / Artigos
Para Daniel Rodrigues a vitória não podia esperar
Daniel Rodrigues durante a última volta, com o seu companheiro de selecção nacional Vasco Alves a caddie. "Ele ajudou-me muito porque manteve-me dentro da estratégia", disse Dani © FILIPE GUERRA/GOLFTATTOO/FPG

Jovem craque da seleção nacional conquistou Internacional Amador de Portugal

Daniel da Costa Rodrigues venceu hoje 89.º Campeonato Internacional Amador de Portugal – Homens, no Montado Hotel & Golf Resort, em Palmela. Um ano depois de Vítor Lopes, do CG Vilamoura, é o segundo português consecutivo a conquistar esta importante prova do calendário da EGA (Associação Europeia de Golfe), pontuável para o ranking mundial amador. 

Miguel Franco de Sousa, presidente da FPG, entregou o troféu a Daniel Rodrigues © FILIPE GUERRA/GOLFTATTOO/FPG

 

O jovem da seleção nacional e do CG Miramar, de apenas 16 anos, partiu para a quarta e última volta a comandar com duas pancadas de vantagem sobre o inglês Laurie Owen e, finalizando com o resultado de 70 pancadas, 2 abaixo do Par 72, para um total de 275 (-13), deixou o vice-campeão, o francês Lucas Abrial, de 18 anos, a três shots de distância. 

Laurie Owen terminou com as mesmas 278 pancadas (-10) de Lucas Abrial, mas perdeu o segundo lugar no desempate pela melhor última volta – 71 face o 68 do jogador gaulês. O norueguês Bard Skogen foi quarto com 279 (-9) e o francês Charles Almeida e Bailey Gill completaram o top-5 com 280 (-8). 

Daniel Rodrigues, que nos três primeiros dias de prova marcou 69-67-69, vence apenas na sua segunda participação no torneio – na estreia em 2018 ficou nos 17.ºs. Sendo o segundo melhor português no ranking mundial amador, em 271.º este triunfo vai proporcionar-lhe uma subida significativa na tabela. 

Dani torna-se assim o quarto português a conquistar o Internacional Amador de Portugal desde que o torneio, em 2008, mudou a modalidade de jogo do match play (por eliminatórias) para o stroke play (por pancadas). Os outros foram Pedro Figueiredo, em 2008, no Estela Golf Club; e Gonçalo Pinto, em 2013, no Montado. 

Afonso Girão, o segundo membro da seleção nacional que passou o cut para a última volta, concluiu com 72 para ficar nos 36.ºs. 

Afonso Girão © FILIPE GUERRA/GOLFTATTOO/FPG

DECLARAÇÕES 

Daniel Rodrigues, o campeão 

“Sinto-me espetacular. Acho que é uma vitória merecida, pelo trabalho que tenho feito. Não podia haver melhor prémio – jogar em casa e ganhar em casa… Foi o melhor que me podia ter acontecido." 

“Nesta última volta andei sempre um bocadinho com os nervos à flor da pele, mas tentei sempre gerir o meu jogo, sem olhar para os dos meus adversários. O Vasco Alves [jogador da seleção que lhe serviu de caddie na jornada decisiva] deu-me uma grande ajuda, porque manteve-me sempre dentro da estratégia." 

“Pela negativa, hoje, os buracos 15 e o 16, onde perdi desnecessariamente duas pancadas, mas no 17 e no 18 consegui manter os nervos e fiz dois shots espetaculares de bunkers. Em termos gerais, acho que foi um bom impulso e uma boa preparação para o resto da época.” 

O sexteto da selecção nacional no Internacional de Portugal com o treinador Nelson Ribeiro (atrás com pólo vermelho) © FILIPE GUERRA/GOLFTATTOO/FPG

Miguel Franco de Sousa, presidente da Federação Portuguesa de Golfe 

“O palco do Montado tem-nos brindado com um excelente campo e tem-nos dado muita sorte. A  vitória do Daniel Rodrigues vem no seguimento da do Vitor Lopes o ano passado, portanto, temos pela primeira vez dois vencedores portugueses em anos consecutivos." 

“É de facto uma vitória muito importante para o Golfe Nacional e uma vitória muito importante o CG Miramar, para o atleta e para a sua família, que o apoia incondicionalmente na sua carreira. E, obviamente, para toda a estrutura da equipa técnica da FPG, que faz com que estes jovens tenham muitas oportunidades de jogo, muito treino e muita competição. Os resultados acabam sempre por aparecer."

“Não é uma surpresa total, é apenas a consagração e confirmação daquilo que é o trabalho de uma equipa e de uma estrutura que está muito bem montada por trás do jovem atleta, que tem todo o talento para poder continuar a evoluir.”

João Coutinho, Diretor Técnico Nacional

“O balanço só pode ser positivo. Dois anos seguidos com uma vitória de um português é realmente extraordinário. O Daniel andou a liderar desde o segundo dia – e mérito para ele, porque é muito difícil segurar a liderança. Ele ainda teve alguns buracos em que vacilou, mas manteve-se firme. Não poderíamos estar mais contentes. Acho que estamos todos de parabéns. Houve dois atletas portugueses a passar o cut, mas acho que poderíamos ter tido pelo menos mais dois."

Nelson Ribeiro, Treinador Nacional

“Nós viemos com uma equipa muita nova, com muitos jovens. A vitória do Dani vem confirmar que temos jovens que podem dar muitas alegrias a Portugal. O Dani já tinha dado indicações nos torneios no escalão dele de que é um jogador com muito potencial, agora afirma-se no Internacional de Portugal no escalão absoluto

“Nós, o que temos vindo a fazer, e a estratégia da seleção nacional, é respeitar o máximo possível o trabalho que os treinadores dos atletas fazem nos clubes deles e dar-lhes o conforto e o apoio de acordo com todas as a suas rotinas e metodologias.”