Volta de 70 (-1) em Coral Gables dá 8.º lugar a abrir no Junior Orange Bowl Championship
Pedro Lencart jogou bem na primeira volta do 53º Junior Orange Bowl International Golf Championship, um dos mais importantes torneios mundiais de sub-18, que ontem (terça-feira) começou no Biltmore Golf Course, do Biltmore Hotel Miami Coral Gables, no Estado norte-americano da Florida.
Entre 56 participantes, o campeão nacional amador surge no 8º lugar do torneio masculino, empatado com o campeão do ano passado, o norueguês Kristoffer Reitan, com 70 pancadas, 1 abaixo do Par.
Pedro Lencart, que na classificação surge como Pedro Silva, está a 5 pancadas do líder, Karl Vilips, um australiano residente na Florida que tem apenas 15 anos.
Karl Vilips comanda com uma vantagem de 2 pancadas sobre o campeão de há dois anos, o chileno Joaquin Niemann, que considerou que o campo esteve muito mais fácil do que quando ele ganhou, em grande parte devido ao pouco vento que se fez sentir, embora admita que, atualmente, com 18 anos, bate mais comprido, o que também lhe facilita a tarefa.
Mas voltando ao único participante português, que também conta apenas com 16 anos, deve salientar-se a sua capacidade de recuperação, pois não começou bem, com bogeys nos buracos 2 e 3. Só voltou a perder 1 pancada no 17 e pelo meio somou 4 birdies nos buracos 5, 10, 11 e 15.
«O começo não foi o melhor, com +2 nos primeiros três buracos, mas depois recuperei bem com alguns birdies. Cheguei a estar com -2, mas depois de 1 bogey no difícil 17, ainda fiz 3-putts no 18 para Par. Foi um dia positivo», resumiu o jogador do Club de Golf de Miramar ao Gabinete de Imprensa da FPG.
A FPG teve direito a inscrever um jogador neste restrito lote de atletas de todo o Mundo e não houve grande dúvida em escolher o campeão nacional amador que, este ano, venceu o The Junior Open Championship, na Escócia, o mais importante título internacional de sub-16 na história do golfe português.
Pedro Lencart também não teve grandes dúvidas em aceitar o convite, mesmo sabendo que isso iria significar passar o Natal fora de casa: «Vim jogar o Orange Bowl por várias razões, em primeiro lugar porque é um excelente torneio com um ótimo field, e depois porque nos últimos dias estive a visitar uma faculdade próxima».
Aos 16 anos, faz sentido começar a pensar em estudar e competir nos Estados Unidos como fizeram tantos portugueses antes dele e é preciso tempo para avaliar devidamente as propostas de bolsas de estudo das universidades norte-americanas.
Ao site especializado “Golftattoo”, Pedro Lencart especificou há dois dias que, na companhia da sua mãe, Alice, chegou a Miami na quinta-feira passada, na sexta-feira foi a Orlando, à University of Central Florida (UCF), onde Nuno Henriques e Ricardo Melo Gouveia brilharam e onde também competiu José Maria Joia, e gostou do que viu.
A estrela do golfe juvenil nacional preparou o melhor possível o Junior Orange Bowl Golf Championship e como se tratou de uma primeira participação, disse-nos que teve cuidado de conversar «com o Alexandre Abreu, o Vítor Lopes e o Pedro Figueiredo, para saber um pouco sobre a organização do torneio, o field e o campo».
Uma vez mais, ao “Golftattoo” especificou que «eles disseram-me que os greens são bons, que não é um campo comprido e que é preciso controlar bem a bola do tee, saber sair tanto draw como em fade».
«Já depois de terminada a época consegui fazer as alterações no swing que pretendia, que agora estão mais consolidadas», acrescentou ao site.
Talvez por isso tenha sido algo comedido quando referiu ao Gabinete de Imprensa da FPG quais as suas intenções esta semana: «O meu objetivo será, como sempre, jogar o melhor possível, mas sem ter nenhuma classificação específica em mente».
O certo é que logo na primeira volta meteu-se no top-10, num campo que não conhecia e embora se prevejam ‘pin positions’ mais complicadas nos próximos três dias, o resultado de ontem foi encorajador.
O site “Golftattoo” recordou ainda que «Pedro Figueiredo é o melhor português de sempre no Orange Bowl e o que mais vezes o jogou – cinco vezes seguidas entre 2004 e 2008. Com grandes resultados: 3º em 2007, 4º em 2008 (no ano em que venceu o British Boys) e 11º em 2005 e 2006. Vítor Lopes foi 10º em 2014 e Alexandre Abreu 30º em 2009.
