Vai representar Portugal no Mundial mas os seus resultados internacionais não têm estado à altura
Gonçalo Costa, do Lisbon Sports Club, é um dos três jogadores que vão jogar pela bandeira portuguesa no próximo Campeonato do Mundo por Equipas (World Team Amateur Championships), cuja competição masculina – que atribui o Troféu Eisenhower – decorrerá de 10 a 13 de Setembro nos percursos Iryama e Oshitate do The Prince Hotel Resort, na cidade de Karuizawa, Japão.
Na teoria, pelo que provou em termos internacionais em 2013 e não só, Costa, 18 anos, seria um indiscutível na selecção, como aliás o são João Carlota e Tomás Silva, que completam o trio nacional no Japão. Mas os resultados obtidos no estrangeiro ao longo deste Verão suscitam dúvidas quanto ao seu momento de forma.
Nos três torneios individuais que jogou, falhou sempre o cut. Brabazon Trophy: 96º classificado, voltas de 78-74, para um total agregado de 6 acima do par; British Amateur: 173º, com 73-79 (+9); Campeonato Internacional da Europa Individual: 138º, com 79-77-84 (+27).
Depois houve ainda o European Amateur Team Championship, no qual mostrara toda a sua fibra em 2013, então com Portugal a ficar fora do 1º Flight e dos quartos-de-final apenas no desempate com a Áustria. Um ano depois, Costa terminou a fase de stroke play desta competição em 93º individual entre 96 jogadores, com 81-74 (+11).
Houve ainda, no final de Julho, o Open da Ilha Terceira, uma prova de profissionais, pontuável para a PGA Portugal, que ele venceu em 2012 com um total de 12 abaixo do par. Ora, em 2014 foi oitavo com um total de 18 acima do par (78-77-79), não esquecendo porém que as condições climatéricas eram difíceis.
Ainda mais recentemente, no Campeonato Nacional de Clubes, que terminou domingo no Oporto, fez uma boa volta de stroke play (71, par), mas depois, nos quartos-de-final, frente ao Oporto, foi derrotado sem apelo nem agravo nos singles, por 6/4, frente a Manuel Violas Jr.
Em Londres a passar um curto período de férias, Gonçalo Costa, que tem como melhor marca internacional o título de vice-campeão no fortíssimo German Boys Championship, em Junho de 2013, chamou a atenção a GOLFTATTOO para um padrão relativamente àqueles torneios internacionais em que participou neste Verão: “Tenho feito sempre uma volta má.”
Reconhece que não tem estado bem nos shots dos tees, daí ter trocado recentemente de driver, para um provisório. E explica que está a operar mudanças no swing, nomeadamente no take away, mudanças essas que espera estarem consolidadas antes do Mundial. “São coisa simples que no treino já sou capaz de fazer, falta aplicar no jogo. Espero estar a 100 por cento no Japão”, assevera.
A nível nacional as coisas melhoram para Gonçalo Costa, estudante na Faculdade de Motricidade Humana, em Lisboa. Lidera o Ranking Ouro do Circuito Liberty Seguros com uma vitória e um segundo lugar em dois torneios, foi terceiro no Campeonato Nacional Individual Absoluto e é terceiro no Ranking Nacional BPI da Federação Portuguesa de Golfe.
“São fases, a confiança dele vai voltar”, assegura David Moura, Treinador Nacional Adjunto. “A ideia é motivá-lo, ajudá-lo de maneira a que ele atinja o pico no Mundial e os resultados apareçam. Ele é um jogador esforçado e trabalhador e estou optimista que vai entrar bem na competição.”