Selecção nacional joga com Áustria final do Europeu por Equipas da Segunda Divisão

Portugal derrotou hoje a Noruega por 4,5-2,5 nas meias-finais da Segunda Divisão do Campeonato da Europa Amador Masculino por Equipas e, por consequência, assegurou automaticamente a subida à Primeira Divisão em 2016. 

O torneio está a ser organizado pela Associação Europeia de Golfe (EGA), em conjugação com a União Polaca de Golfe (PZG), a 26 quilómetros de Gdansk, no Postolowo Golf Club. 

No ano passado, Portugal ficou em 15º e penúltimo lugar da 1ª Divisão, na Finlândia. O objetivo regressar este ano a escalão principal e isso foi hoje alcançado. Agora, o selecionador nacional quer mais.

“Conseguimos o objetivo, voltar para o lugar que merecemos, a Primeira Divisão!”, escreveu Nuno Campino na sua conta profissional no Facebook. “Agora podemos lutar pela vitória neste campeonato”, acrescentou em declarações ao Gabinete de Imprensa da FPG.

A final de amanhã irá colocar frente a frente Portugal e Áustria, que, por seu lado, impôs-se hoje à Islândia por 5-2. 

“Amanhã vamos fazer de tudo para ganhar a 2ª divisão!”, escreveu o selecionador nacional. “Um dos principais objetivos da época está concretizado, mas queremos mais, vamos estar concentrados e focados para amanhã conseguirmos ganhar este torneio”, disse-nos mais tarde. 

A Noruega venceu a primeira fase deste Europeu, disputada em 36 buracos de stroke-play, enquanto Portugal ficou em 4º lugar, mas já se sabe que o match-play (eliminação direta) encerra características diferentes e hoje veio também ao de cima a experiência do selecionador nacional. 

Com efeito, ao optar por associar os dois melhores jogadores portugueses nos pares matinais, Nuno Campino estava a jogar uma cartada. Estava a dizer que queria um ponto garantido nos foursomes. 

Tomás Silva (triplo vencedor do Campeonato Nacional Amador Peugeot) e Vítor Lopes (campeão da Taça FPG/BPI) não desiludiram e venceram Jaraland Arnoy e Vetie Maroy por 1 único buraco. No outro par, João Girão e Pedro Lencart perderam com Aksel Olsen e Petter Mikalsen por 2-1. 

“De manhã jogámos bem mas ainda cometemos alguns erros estratégicos. De qualquer modo, um final muito bom deu-nos um ponto com o Tomás Silva e o Vítor Lopes”, disse Nuno Campino. 

Os dois países foram empatados para os singulares vespertinos e aí seria normal dar algum favoritismo aos noruegueses, que tinham colocado três jogadores no top-3 da primeira fase do torneio, enquanto o melhor português foi Gonçalo Costa no 8º lugar. 

Mas o match-play tem a sua ciência e o discernimento do profissional luso veio ao de cima: “De tarde deixei os jogadores mais experientes para o fim porque tínhamos a ideia de que seria importante e foi isso mesmo que aconteceu.” 

Por outro lado, o forte espírito de equipa que se sente entre estes jogadores fez-se igualmente sentir: “Devo realçar a atitude que a equipa teve neste dia. Não é por ter ganho, mas foi dos melhores dias que tivemos na seleção, com garra, determinação, coragem e atitude, e isso levou ao sucesso.” 

Tomás Bessa, um dos ‘rookies’ da seleção em Europeus, colocou logo Portugal em vantagem, ao superiorizar-se a Kristoffer Ventura por 3-2. 

“O Tomás Bessa ganhou o seu ponto muito rapidamente o que deu força a todos os outros e depois apareceram o outros dois pontos de que precisávamos”, contou Nuno Campino. 

E foram exatamente os dois esteios da seleção nacional, os dois campeões em título dos dois Majors portugueses, que asseguraram mais duas vitórias. 

Tomás Silva levou a melhor sobre Knud Andreas Krokeide por 3-2 e Vítor Lopes desfeiteou por 3-1 Vetle Maroy, um dos vencedores da primeira fase do torneio. 

Muito importante foi também o meio ponto assegurado por João Girão, ao empatar com Jaraland Arnoy, o outro vencedor da primeira fase. 

A Noruega só venceu um singular, no qual Petter Mikalsen bateu Gonçalo Costa por 4-3. 

Com o principal objetivo cumprido – o do regresso à primeira divisão, o selecionador nacional sentiu que era chegada a hora de proferir alguns agradecimentos: “Parabéns a todos que fazem parte deste sucesso – a equipa técnica, o psicólogo, o preparador físico (e José Pedro Almeida tem sido um elemento preponderante na Polónia), a FPG ao Gonçalo Bettencourt (presidente da Comissão das seleções nacionais, alta competição e campeonatos), que tem sempre apoiado a equipa técnica.”

O trabalho ainda não terminou, falta a final de amanhã, mas o mais difícil está feito!

Os resultados do Portugal 4,5 – Noruega 2,5 foram os seguintes:

Foursomes: 1-1

Tomás Silva/Vítor Lopes-Jaraland Arnoy/Vetie Maroy, 1up
Aksel Olsen/Petter Mikalsen-João Girão/Pedro Lencart, 2-1

Singles: 3,5-1,5

Tomás Bessa-Kristoffer Ventura, 3-2
Petter Mikalsen-Gonçalo Costa, 4-3
João Girão-Jaraland Arnoy, empate
Vítor Lopes-Vetle Maroy, 3-1
Tomás Silva-Knud Andreas Krokeide, 3-2