A nível individual, Vítor Lopes alcançou o seu terceiro top-25 internacional do ano
A seleção nacional masculina em termos coletivos e Vítor Lopes individualmente melhoraram as suas classificações na Copa Real Club de Sotogrande relativamente à prestação do ano passado.
O conceituado torneio organizado pela Real Federación Española de Golf no La Reserva Club de Golf, em Cádis, terminou hoje, depois de ter sido preciso concluir a terceira volta e realizar toda a quarta.
Foi um dia longo e Portugal começou por subir de manhã ao 14.º lugar, a mesma classificação de 2015, para depois, à tarde, galgar ainda mais uma posição e finalizar no 13.º posto, com 938 pancadas, 74 acima do Par, entre 16 países.
É óbvio que estamos longe das duas vezes em que a seleção nacional conseguiu um 4.º lugar, mas esta é uma equipa renovada, muito jovem e quando há progresso de um ano para o outro é sempre positivo.
O Campeonato Europeo de Naciones da Copa Real Club de Sotogrande foi totalmente dominado pela Irlanda, que venceu com 882 pancadas, 18 acima do Par, superando a França por 10 pancadas.
Na competição feminina, que voltou a não contar com participação portuguesa, a Espanha revalidou o título, com 594 pancadas, superando por 8 a Áustria.
Espanha contou com um dream team composto por Maria Parra Luque, Luna Sobrón e Silvia Ibañez Bañon. Ou seja, estamos a falar das duas últimas campeãs da Europa e de duas vencedoras do Campeonato Internacional Amador de Portugal.
A Copa Real Club de Sotogrande é um torneio fortíssimo. Veja-se, por exemplo, como esteve presente o francês Romain Langasque, o campeão em título do British Amateur, que terminou no 2.º lugar da classificação individual, com 291 pancadas (75+75+69+72), +3, só superado pelo incrível irlandês Jack Hume, que agregou 285 pancadas (72-64-74-75), -3.
Jack Hume pareceu nem sentir o fortíssimo vento que se faz sentir neste campo andaluz. Este ano, como contou o português Vítor Lopes, chegou a haver rajadas de 60 km/h!
Vítor Lopes tinha sido o melhor português em 2015 em Sotogrande, terminando no 32º lugar, com 24 pancadas acima do Par. Este ano, o n.º 1 do Ranking Nacional BPI de 2015 foi 23.º, com 306 pancadas (73+80+73+80), 18 acima do Par.
É evidente que o algarvio poderá sentir o amargo de ter andado no top-10 aos 18 buracos e no top-15 aos 54, mas, mesmo assim, trata-se do seu terceiro top-25 da época em três competições internacionais disputadas: 17.º (+4) no Abierto Sudamericano Amateur no Peru, 24.º (+2) no Campeonato Internacional Amador de Portugal e agora este 23.º (+18) em Espanha.
Em relação aos outros portugueses, Tomás Silva e Tomás Bessa não conseguiram melhorar as suas classificações do ano passado. Tomás Silva fora 50.º e desta feita fechou no 56.º lugar, curiosamente, com as mesmas 318 pancadas de 2015. Há, no entanto, uma grande diferença, é que pela primeira vez teve a sensação de que poderá jogar bem neste campo, como se viu nas duas últimas voltas.
Tomás Bessa, 56.º (+35) no ano passado, contentou-se em 2016 com o 67.º (+43).
Quanto a João Girão, o estreante que tomou o lugar ocupado há doze meses por Gonçalo Costa, teve uma prestação interessante. Ser 49.º (+28) entre 70 jogadores que concluíram a prova, num campo deveras complicado que não conhecia, em condições duras de jogo, é relativamente positivo.
E se acrescentarmos que o campeão da Taça FPG/BPI conseguiu o mesmo resultado de Guido Migliozzi, melhor se perceberá o nível da sua prova. Afinal, o italiano tinha ganho duas semanas antes o Campeonato Internacional Amador de Portugal.
Principais resultados da classificação por equipas:
Irlanda 882 pancadas (+18)
Portugal 938 pancadas (+74)
Principais resultados da classificação individual:
1º Jack Hume (Irlanda) 285 pancadas (72-64-74-75), -3
23.º (empatado) Vítor Lopes 306 pancadas (73-80-73-80), +18
49.º (empatado) João Girão 316 (83-79-76-78), +28
56.º Tomás Silva 318 (86-86-71-75), +30
67.º Tomás Bessa 331 (85-85-76-85), +43