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Seleccionador nacional critica jogadores
04/03/2016 09:51 GOLFTATTOO, COM HUGO RIBEIRO/FPG
Nuno Campino: "Cometeram-se erros inadmissíveis" / © FILIPE GUERRA

Nuno Campino desiludido com desempenho dos portugueses em Espanha

Na semana passada, Vítor Lopes, Tomás Silva, João Girão e Tomás Bessa competiram na Copa Real Club de Golf de Sotogrande, acompanhados do selecionador nacional, Nuno Campino, enquanto esta semana os três primeiros jogaram no Campeonato Internacional Amador de Espanha/Copa S.M. El Rey, em Sevilha, dirigidos pelo treinador da equipa técnica da FPG, Hugo Santos. 

Os resultados dos contingentes nacionais foram desapontantes em ambos os casos. No primeiro torneio, em termos colectivos, Portugal foi 13.º classificado entre 16 países. E no segundo, os nossos representantes foram ontem eliminados na fase de stroke-play (no ano passado Vítor Lopes e Tomás Silva passaram então o cut e só foram eliminados nos oitavos de final).

Nuno Campino fez o balanço da Copa Real Club de Golf de Sotogrande ao Gabinete de Imprensa da FPG e não poupou nos jogadores: "Numa conclusão geral, a participação foi fraca, muito aquém do que eu esperava destes atletas. Sabiam desde o início que as competições estavam difíceis, todos já tinham jogado ali, exceto o João Girão. Por isso, deveriam ter ido mais atentos. Cometemos muitos erros inadmissíveis para jogadores que estão a full time. Todos eles têm de ter a inteligência emocional de perceber o que é um bom resultado nas condições que estavam e têm de ser muito humildes para fazerem o menor número de erros possível."

Fazendo uma avaliação a cada jogador:

Vítor Lopes: "Jogou bem no primeiro dia, sólido. A partir daí fez alguns erros, más decisões de escolha de shots, falhar em sítios errados e isso custou-lhe algumas pancadas que poderiam ter-lhe dado um top-10."

Tomás Silva: "Primeiros dois dias irreconhecíveis para ele, muito maus shots, más decisões. Depois, falámos e optámos por jogar de maneira diferente, tentar com que a bola fosse mais tensa para que o vento não pegasse tanto nela, deu resultado e fez dois últimos dias aceitáveis. E principalmente, depois de ter feito o que fez nos primeiros dois dias, não era fácil ganhar confiança mas ele conseguiu-o.

Tomás Bessa: "Apenas uma volta razoável em quatro. Muitos erros nos shots ao green, más decisões que custaram-lhe muitas pancadas. O potencial está lá, temos que a aprender a usá-lo dentro de campo.

João Girão: "Não conhecia o campo e foi mais difícil perceber como se jogava [ali]. Jogou relativamente bem, mas algumas más decisões deixaram-no longe de um bom resultado."

Em jeito de conclusão: "Foi uma semana dura para todos, mas espero que tenha sido de aprendizagem enquanto jogadores de golfe, porque se realmente o quiserem ser, têm que decidir melhor e ter mais variedade de shots no saco. Vamos continuar a trabalhar para ficarmos mais fortes."

Coube a Hugo Santos fazer o balanço da prestação lusa no Campeonato Internacional Amador de Espanha/Copa S.M. El Rey:

"O tempo esteve excelente e o campo muito bom, com condições também muito boas. Quanto aos nossos jogadores, penso que deram o máximo e saíram do campo com a consciência tranquila do ponto de vista de terem feito tudo para conseguirem, pelo menos passar a fase de stroke play. Foi isso que lhes pedi, para se focarem em cada momento e saírem do campo com sensação de dever cumprido. Disse-lhes que se fizessem isso, acreditava que teriam qualidade para irem até à fase de match-play! Visto o objetivo não ter sido alcançado, só vejo uma solução: têm de trabalhar mais e, principalmente, de trabalharem melhor nos pontos onde estão menos bem."