Copa Real Club de Golf Sotogrande interrompida devido às más condições metereológicas
Vítor Lopes liderava provisoriamente a classificação individual da Copa Real Club de Golf Sotogrande, que a Real Federación Española de Golf está a organizar em Cádis até ao próximo sábado.
O nº1 amador português de 2015 cumpriu a difícil primeira volta em 73 pancadas, 1 acima do Par do La Reserva Club de Golf, mas as complicadas condições meteorológicas levaram a que não fosse possível concluir hoje toda a primeira volta, não havendo, por isso, classificação oficial publicada.
“Hoje não foi um dia muito positivo para a equipa (seleção nacional da FPG), mas, individualmente, correu bem para o meu lado, pois fiz +1 em condições de muito vento. Joguei no 15º grupo e o meu cartão era (nessa altura) o melhor do dia. Creio que ainda não acabaram duas ou três formações”, disse Vítor Lopes ao Gabinete de Imprensa da FPG.
No ano passado, o algarvio já tinha sido o melhor português, terminando no 32º lugar entre 73 participantes.
Já nessa altura o vento tinha sido o principal obstáculo, com rajadas de 40 Km/h e também há um ano a organização viu-se forçada a adiar parte da primeira volta para a segunda jornada.
“É um campo muito comprido, muito estratégico. Um campo onde é preciso ter todos os pontos do jogo certos e estar muito concentrado porque qualquer distração resulta num erro”, considerou em 2015 o selecionador nacional, Nuno Campino, que voltou a acompanhar os jogadores em 2016.
A seleção nacional manteve três dos quatro jogadores do ano passado – Tomás Silva, Vítor Lopes e Tomás Bessa. João Girão foi a novidade deste ano, rendendo Gonçalo Costa.
Apesar de se tratar de uma competição mista, Portugal volta a competir apenas no torneio masculino, que conta com as melhores equipas da Europa.
Os resultados dos portugueses no primeiro dia, quando ainda não se concluiu a primeira volta, foram os seguintes:
Vítor Lopes 73 (+1)
João Girão 83 (+11)
Tomás Bessa 85 (+13)
Tomás Silva 86 (+14)
A Taça das Nações, ou seja, a classificação por equipas, é a mais importante da Copa Real Club de Golf Sotogrande e Portugal já por duas vezes terminou no 4º lugar mas no ano passado não se obteve melhor do que o 14º posto entre 16 países.
Eis as declarações dos jogadores portugueses:
Vítor Lopes
“Hoje tive uma volta com 3 birdies, 4 bogeys e 11 pares. Os bogeys foram no 2, onde fiz chip e 2 putts, depois do shot de saída não ter sido bom e ter andado dentro dos bunkers exigentes deste campo. Tive de fazer um layup e não consegui converter o Par. No buraco 4 fiz 1 birdie num Par-5. A segunda pancada falhou o green no sítio correto e fiz chip e putt para birdie. No 6 fiz 3 putts, o primeiro putt não era nada fácil, pelo menos a 30 metros da bandeira. Converti 1 bom birdie num Par-3 (8º) por ter deixado a bola a 1 metro da bandeira.
“Nos segundos nove buracos o vento voltou a prejudicar bastante a estratégia de jogo, ao mudar as linhas mais agressivas. Fiz 1 bom birdie no 10. Com dois bons shots deixei a bola a menos de 2 metros. A partir daí, tentei focar-me em dar bons shots e não preocupar-me com o resultado, pois este é um torneio por equipas e não queria prejudicar a equipa ao fazer grandes erros”.
Tomás Bessa
“Hoje foi uma volta com um resultado que não traduz o que fiz em campo. Estava com 4 acima do Par ao fim de 11 buracos, o que não era mau para o dia que se fez sentir.
“Mas tive algum azar no buraco 12. A bola ficou cravada na parede do bunker e tive de “dropar". Para além disso, acabei com dois greens a 3 putts.
“Foi um mau dia para a equipa mas é de realçar o resultado do Vítor e felicitá-lo”.
Tomás Silva
“Foi um dos piores dias de golfe dos últimos anos, sem dúvida. Um dos dias mais difíceis no campo. Há muito tempo que não tinha um dia assim. Era eu a lutar para as coisas acontecerem e acontecia-me de tudo. Num dia muito ventoso e com bandeiras exigentes, não consegui criar oportunidades e falhei alguns shots para os locais errados. Mas é o golfe. Amanhã será outro dia e vai ser melhor”.