Vindo Oporto Golf Club, onde era adjunto da direcção, sucede no cargo a Miguel Lourenço
Natural de Guimarães, Carlos Dias de Castro vem do berço de Portugal para o berço do golfe lisboeta. Depois de ter estado nos últimos quatro anos no Oporto Golf Club, como adjunto da direcção, o vimaranense de 35 anos assume as funções de director do Lisbon Sports Club (também conhecido por Carregueira, por se situar na serra da Carregueira, em Belas), sucedendo a Miguel Lourenço, que se mudou no início do ano para o Beloura Pestana Golf Resort, em Sintra. Esteve também no City Golf, no Porto. Fazia parte da Porto Golf Destination e é membro da Associação dos Gestores de campos de golfe de Portugal. É um 11 de handicap.
GOLFTATTOO – Como encara esta sua nova experiência profissional no golfe, como director do LSC?
CARLOS DIAS DE CASTRO – Com um grande entusiasmo e um grande sentido de responsabilidade. O clube é um dos históricos nacionais e são estes clubes que contam uma história. Vir para o Lisbon Sports Club é um grande desafio porque além de termos de preservar e acarinhar estes clubes por tudo o que significam para o golfe nacional, também sabemos que alguma coisa tem que ser feita para "sobreviverem" e é aqui que este clube faz a diferença. Tem uma direcção dinâmica com pessoas que pensam o golfe de uma forma muito mais "atrevida" se lhe podemos chamar assim.
Como têm sido estes primeiros dias?
Sobretudo de conhecimento. Conhecer os sócios, o clube e todo o staff. É uma nova realidade, uma nova forma de trabalhar. Ainda não conhecia o clube e a primeira vez que cá estive foi para conhecer os restantes elementos da direcção quando as "negociações" já estavam avançadas.
Quais são os desafios que tem pela frente?
Os desafios são os mesmos desafios de todos, aumentar sócios e voltas. Já tive algum contacto com promotores da região e parceiros e o sentimento é o mesmo. Queremos todos que a região de Lisboa seja uma região golf friendly e honestamente temos tudo para o ser. Temos é que ser mais pro-activos.
É curioso que tenha mudado do mais antigo clube de golfe de Portugal, o Oporto, para o segundo mais antigo, o LSC...
É verdade! Acho que sou caso único no país (risos). Não que tenha muita importância mas é um “marco” é verdade!
É também uma mudança de região, do Norte para a Grande Lisboa...
Uma grande mudança sem dúvida. Mas nada a que não esteja habituado. Desde o tempo de faculdade que vivo fora de casa dos meus pais e o facto de ter estudado fora do país ajudou-me a ambientar facilmente à mudança. Mas se virmos bem as regiões não são muito diferentes. O Português na sua génese é igual (hospitaleiro, simpático, trabalhador), depois só muda o “Vermelho e o Encarnado" (risos).
Como é que o golfe entrou na sua vida?
Devo-o ao meu pai. O meu pai iniciou o golf tinha eu 8 anos e eu fazia-lhe companhia. Não demorou muito a ter o meu primeiro set de tacos e a acompanhá-lo. Comecei na Estela mas joguei durante muito tempo em Ponte de Lima.
E em termos profissionais?
Em termos profissionais comecei a trabalhar na indústria em 2010 após concluir os estudos na Flórida em Gestão de Campos de Golfe. Comecei no Citygolf como treinador. Aí eu e o João Nuno Beires fizemos um excelente trabalho ao nível das escolinhas (ainda hoje sobre a orientação do João Nuno a academia continua muito dinâmica) e ainda tive uma breve passagem como director da academia. Mais tarde fui convidado para integrar o Oporto Golf Club mas aí numa perspectiva mais de gestão. Hoje estou aqui!
Qual o clube pelo qual está filiado na FPG?
Neste momento ainda estou ligado ao Oporto Golf Club mas já com processo para mudar para o LSC.