Conversa com Leonor Andrade, estrela no The Voice, actriz em Água de Mar e também golfista
Leonor Andrade, natural do Barreiro, 20 anos, jogou golfe entre os 7 e os 14 anos. Nunca deixou de o fazer, mas o golfe, para ela, restringe-se hoje a sessões esporádicas no driving range da Quinta do Peru. A sua actuação no The Voice trouxe-lhe notoriedade e, sobretudo, confiança para seguir uma carreira naquilo de que mais gosta: música. Mas Leonor está igualmente envolvida na telenovela da RTP “Água de Mar” e no curso de Direito. Não admira que não tenha muito para o golfe. Para pena dela.
GOLFTATTOO – Com que idade começaste a jogar golfe e porquê ?
LEONOR ANDRADE – Comecei a jogar aos 7 anos, porque no colégio onde eu andava [St Peter’s School] foi lá um professor de golfe dar um workshop e eu gostei imenso. O professor disse-me que eu tinha muito jeito e então decidi pedir ao meu pai para me trazer à Quinta do Peru. Foi ai que conheci o professor Dantas e comecei a jogar cada vez mais.
Qual o motivo por teres deixado de jogar?
Eu deixei de jogar golfe mais ou menos aos 14/15 anos por causa da escola. Lembro-me que havia muitos treinos, todos os fins-de-semana, também torneios, e cheguei à conclusão que era muito difícil conciliar tudo. O golfe é um desporto muito exigente e quando chegamos a um certo nível é preciso treinar muito, na minha opinião, pelo menos quatro vezes por semana, se não todos os dias. Eu obviamente não tinha esse tempo, então fui acabando por me afastar.
Participaste num concurso de música, o The Voice Portugal, conta-nos como foi essa experiência desde o dia em que te inscreveste.
Na verdade eu nunca gostei muito de concursos, sempre que pensava nisso ficava super nervosa e com um pânico gigante, mas cheguei à conclusão que tinha que fazer algo diferente se queria atingir este meu objectivo, que é ter uma carreira musical. Foi aí que decidi inscrever-me no The Voice. Nunca pensei chegar tão longe. Correu mesmo muito bem.
Em actuação no The Voice Portugal / © D.R.
Depois de teres sido uma das 8 finalistas do The Voice recebeste um convite para fazer parte de um novo projecto da RTP, conta-nos como está a ser.
Sim, quando o The Voice terminou convidaram-me para fazer parte deste novo projecto da RTP, a novela Água de Mar. Aceitei e estou a gostar muito mesmo. A música está sem dúvida em primeiro lugar, mas está a ser uma experiencia fantástica.
Se tivesses que escolher entre música e representação, o que seria?
Claro que escolheria a música, escolho música sempre. Eu quero aprender mais sobre representação, quero no futuro fazer workshops de representação, porque estou a adorar a experiência, mas música é o meu principal objectivo, quero muito construir uma carreira sólida na música.
Com os apresentadores Catarina Furtado e Vasco Palmeirim / © D.R.
Quanto ao curso de Direito é definitivamente um plano B ou ainda pensas em vir a exercer no futuro?
Eu gosto muito do curso, é muito interessante, por isso é que decidi tirá-lo até ao fim, aliás, até porque já vou a meio. Mas para ser advogado é preciso dedicar imenso tempo, é preciso ir para a Ordem, é preciso tirar mestrado – e como eu não quero, eu quero é música, vai ficar como um plano B.
Voltar a jogar golfe é algo que ainda tencionas fazer?
Claro que sim, eu de vez em quando venho com o meu pai bater umas bolas e eu adoro, adoro mesmo o golfe e espero no futuro ter algum tempo para poder voltar de vez em quando.
Por último, gostavas de deixar alguma mensagem aos jovens que têm o mesmo sonho que tu, ou até mesmo aqueles que sonham em ser profissionais de golfe?
Gostava de lhes dizer que, para aqueles que tenham o mesmo sonho que eu, não tenham medo ou vergonha de tentarem a vossa sorte, seja num concurso de música, seja no que for. Acima de tudo tentem a vossa sorte e vão ver que depois de todos os obstáculos ultrapassados compensa muito. O caminho muitas vezes é difícil e duro, mas no final é muito gratificante, o importante é nunca desistirem do vosso sonho.
