
Alexandra Figueiredo apresenta programa lançado por 1080 Produções e PGA de Portugal
No último fim-de-semana de Fevereiro, na apresentação do calendário do PGA Portugal Tour 2015, a PGA de Portugal anunciou a manutenção de parcerias estratégicas com alguns media nacionais, designadamente com a SportTV, CN Sports e jornal Record, mas a grande novidade foi o lançamento de um novo programa de televisão diário para formato web, o “Golfe num minuto by PGA”, da autoria da 1080 Produções, com apresentação de Alexandra Figueiredo. Natural e residente em Oeiras, Alexandra é uma mulher multifacetada de 37 anos, que, depois de ter trabalhado na SIC, criou a sua própria agência de comunicação, tendo começado a jogar golfe há três anos. Pretexto para uma entrevista com GolfTattoo…
Com Patrícia Ribeiro antes da gravação do programa / © FILIPE GUERRA
GolfTattoo – Como surgiu este seu novo programa de televisão diário para formato ‘web’, o “Golfe num minuto by PGA”?
Alexandra Figueiredo – Surgiu através de um convite da 1080 Produções. Eles sabiam que eu estava ligada ao meio do golfe, como uma golfista muito recente que, de vez em quando, participava em alguns torneios, e que participava também em algumas iniciativas ligadas ao golfe. A minha experiência em televisão também terá contado. Foi um convite directo e numa reunião ficou tudo decidido.
Qual é o seu envolvimento no golfe?
Eu comecei a jogar golfe há três anos. Um amigo levou-me a experimentar. Gostei muito. Ele disse-me que eu tinha um jeito natural, e que tinha era de aprender. Naturalmente, aprender golfe não é fácil, ou pelo menos não é fácil ser um bom jogador de golfe. Depois procurei os parceiros certos. Encontrei um campo de golfe fantástico, que me acolheu muito bem, o da Beloura. Também tive um professor – o João Pedro Themudo – que permitiu que eu evoluísse. E pronto, a partir daí fui criando uma rede de amizades dentro do golfe.
E é filiada na Federação Portuguesa de Golfe?
Não. Ainda não. E tenho imenso medo… Toda a gente me diz: “A Alexandra tem de participar a sério num torneio…” Mas eu tenho imenso receio de fazer má figura. Então, por vezes, opto por dizer que não posso, ou que estou fora. Primeiro quero aprender a jogar golfe como deve ser, só depois participar.
Com que frequência é que joga?
No Inverno, menos. Garantidamente, uma vez por semana. Mais vezes quando posso. Também depende muito do grupo, da companhia. Se tenho algum desafio, óptimo. Mas devo reconhecer que, no mês de Dezembro, não fui uma única vez ao campo.
Que tal está a correr o programa “Golfe num minuto by PGA?
Muito bem. Este é um programa que já existiu, a PGA de Portugal já o teve em tempos. E correu sempre muito bem. Entretanto, deixou de acontecer, por algum motivo que me é alheio, não faço a mínima ideia. Surge agora um bocadinho mais renovado, digamos assim, com um novo rosto. Um programa diário implica ter algum movimento e energia, para não se tornar num noticiário típico. Temos tido um feedback muito positivo e houve muita curiosidade à volta do primeiro programa, porque ter sido anunciado numa iniciativa da PGA de Portugal. As visualizações falam por si, foram quase três mil no primeiro programa. Vamos apenas na segunda semana, é muito recente, mas as audiências estão a crescer, o que é óptimo.
Isso obriga-a a ter um maior envolvimento no golfe?
Obriga, por exemplo, a estar mais atenta ao que vai acontecendo em termos de agenda. Por exemplo, este fim-de-semana tive o cuidado de perceber como é que iam os jogadores portugueses no Castro Marim Classic, uma prova do Algarve Pro Golf Tour. Passei a ter também o cuidado de ver outros programas internacionais e perceber melhor os termos técnicos no golfe, e as competições que existem. Isso ajuda-me a crescer dentro do golfe – e para o golfe também é útil que eu seja mais informada.
À saída dos estúdios, deslumbrante como é seu apanágio / © FILIPE GUERRA
Este programa de golfe surge no meio de uma actividade profissional intensa…
Trabalhei na SIC durante muitos anos, sempre à frente das câmaras, a fazer vários programas. Tive um programa diário de 2.ª a 6.ª feira em directo, com o José Figueiras. Íamos para o ar às 15h e só acabávamos antes do Jornal da Noite. Portanto, eram cinco horas ali intensas de entrevistas, passatempos, convidados musicais, etc. Esse directo dá-nos naturalmente uma grande energia e “estaleca” para estarmos em frente às câmaras. Nesse anos de SIC, fiz Malucos do Riso, Maré Alta, apanhados e novelas. Depois da minha saída da SIC, resolvi exercer o meu curso, sou licenciada na área de Comunicação. Abri, há sete anos, a minha própria agência, e comecei a ter clientes logo de inicio, marcas que eu já conhecia e que estavam interessadas em trabalhar comigo.
Dê-nos alguns exemplos dessa marcas…
Eu trabalho por sector de actividade em exclusivo, Por exemplo, se trabalho uma óptica, não trabalho a concorrente dessa óptica. Se trabalho em saúde com uma clínica, como é o caso, já não trabalho com outras clínicas concorrentes. Mas o core business da agência é mais Life Style.
E, para além disso, continua a desenvolver uma actividade independente de Relações Públicas...
Sim, tenho projectos pontuais, para além dos clientes habituais da agência. Se existe uma marca, um serviço, um produto que precisa de ser promovido, e se me contactam nesse sentido, naturalmente que faço. São eventos pontuais, que precisam de ser mediatizados. Ainda há cerca de três meses organizei o torneio de golfe do American Club na Beloura, com a presença do embaixador dos EUA, com membros do clube, parceiros e várias empresas patrocinadoras.
Com Paulo Francisco da 1080 Produções / © FILIPE GUERRA
Li uma entrevista sua em que diz que é desorganizada, e que, se não fosse tão desorganizada, as coisas não correriam tão bem…
Sou esquecida e sou desorganizada. São duas coisas terríveis para quem tem um negócio próprio e para quem tem uma agenda como a minha. Por um lado, é preciso ter método, e isso obrigou-me a ter método, aponto tudo, tudo, desde pagar a água como apontar que gasolina ainda tenho. Se não, nem me lembro. Já fiquei sem gasolina muitas vezes porque me esqueço. E isto de apontar tudo fez-me ter algum rigor e algum método de agenda. Quem lida comigo acha piada, porque eu esqueço-me de tudo. Portanto, se eu estiver a ter uma conversa consigo e daqui a cinco minutos perguntar sobre o que é que estamos falar, é normal. Eu esqueço-me, esqueço-me de muita coisa.
Também dá a cara por algumas empresas ou marcas, não é?
Sim. Sou patrocinada por uma marca em termos de estética, aquelas coisas das senhoras, as unhas e por aí fora… Mas essa é a única marca que usa a minha imagem como embaixadora – é a Hollywood Nails. E depois, aqui no programa de golfe da 1080 Produções, temos uma marca que me patrocina em termos de roupa, que é a Branco Brilho.
Há também outras facetas suas que é a da moda e a da música? Pode-me falar delas?
A música foi muito forte. Comecei aos cinco anos a cantar no coro de Santo Amaro de Oeiras e depois por aí fora. Gravei montes de discos. Aos vinte e poucos anos tive um convite do Tony Carreira, cantei com ele durante anos, foi muito giro. Fizemos Coliseu, Pavilhão Atlântico e Paris. Acho mesmo que todas as oportunidades que fui tendo na televisão e no meu percurso profissional, têm uma causa, têm um culpado, entre aspas, ou uma culpada, que é a música. A música é que me fez tornar-me uma mulher menos envergonhada, com menos medo de multidões. Foi ela que me deu este gosto natural por estar no palco, por conversar, por ter público. Entre a música, a moda, a televisão e a fotografia, é fácil estas coisas todas se cruzarem – e eu sempre fui uma pessoa que gosta de agarrar oportunidades. A mim, se me lançarem um desafio que não for contra os meus princípios, nem contra nada daquilo que eu já tenho contratualizado, digo que sim garantidamente, ainda que tenha que dormir menos horas, ainda que tenha de andar mais cansada e fazer mais esforço. Digo que sempre que sim aos desafios.
Quais são os seus hobbies?
Gosto de passear, de conversar, de cantar, de dançar, gosto de cinema. Gosto de tudo o que é normal. Gosto de actividades ao ar livre, e por isso é que eu acho que o golfe é uma actividade para explorar ao longo dos anos que aí vêm.