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“Seremos uma ajuda na retoma da actividade”
22/04/2020 14:48 GolfTattoo
Simão da Cunha e a sua Native mantêm os clientes nesta fase de pandemia, mas num registo menos intenso © D.R.

Simão da Cunha, fundador da Native, dá a sua perspectiva sobre a crise da pandemia no golfe

Desde que nasceu, há 15 anos, a Native – Golf Investments Advisor, já trabalhou com quatro dezenas de campos distintos em vários países. Simão da Cunha, o seu fundador, e o terceiro entrevistado na rubrica Jogo Curto (mini-entrevistas com parceiros comerciais do GolfTattoo) revela como a sua empresa está a lidar com estes tempos conturbados e considera que poucas actividades como o golfe oferecem tanta segurança face ao novo coronavírus. É mesmo da opinião de que os campos só estão fechados para que não seja aberta uma excepção para a modalidade.  

Qual a história da ligação da empresa ao golfe?

Depois de 15 anos a trabalhar na indústria do golfe, e numa fase de grandes mudanças na empresa em que trabalhava na altura (Vilamoura), decidi fundar a NATIVE com o objectivo de partilhar, com outros campos e projectos de golfe, a experiência e o know-how que já tinha adquirido. Temos prestado serviços de consultoria nas áreas de projecto, planeamento e gestão de projecto, construção, manutenção, gestão e consultoria em investimentos em campos de golfe. 

Os clientes têm sido os campos de golfe em Portugal. Por vezes damos apoio a empresas que, de algum modo, estão ligadas à indústria do golfe. Trabalhámos em França, Marrocos, Espanha. Já ajudámos, de alguma forma, 40 campos de golfe diferentes.  

Qual o impacto que esta pandemia poderá vir a ter nesta ligação da empresa ao golfe num futuro próximo?

Agora os campos de golfe estão “hibernados". Mantemos todos os nossos clientes mas num registo menos intenso. Esta situação obriga a reflectir sobre o que de facto os campos precisam, e não precisam. É importante conseguirmos perceber onde vai estar o novo equilíbrio. Com a experiência que temos estamos confiantes que seremos uma ajuda importante para a retoma da actividade. 

Considera que o golfe, devido às suas especificidades (é praticado ao ar livre, numa área extensa, não exige contacto e permite o distanciamento em todos os momentos), deva ser retomado quando se der início ao alívio das medidas de contenção de momento em vigor, como pediu o presidente da Federação Portuguesa de Golfe numa carta endereçada ao Governo? 

Sem dúvida. Pensamos aliás, que os campos de golfe só foram obrigados a fechar para estarem em sintonia com as outras actividades. De facto, ao ser uma actividade ao ar livre e sem contacto, proporciona uma segurança que poucas actividades têm.

Participaria num torneio de golfe logo que forem aliviadas as medidas de contenção e os campos de golfe voltem a abrir – e acha que os golfistas nacionais estão predispostos a fazê-lo? 

Aceitava claro. Devem ser poucos os jogadores que, depois deste período de jejum, não aceitem.