O putter, como se sabe, é o taco mais utilizado de todos os que se encontram dentro de um saco de golfe. Pode-se dizer que, em média, e alguns programas estatísticos dão-nos bem estes dados, um golfista faz cerca de 30 putts por jogo. Por vezes mais, outras vezes menos. Mas a média ronda os 30-33 putts por volta. Se se contabilizar que das várias pancadas que se fazem num jogo, por vezes 80, 90 ou mesmo 100, se 30 destas são putts, restam muito poucas pancadas para ‘’distribuir’’ pelos restantes tacos de golfe.
A título de exemplo, um driver poderá ser utilizado cerca de 14 vezes, isto considerando um campo comprido onde se faz o tee shot sempre de drive, o que muitas vezes não é caso. Um determinado ferro, por vezes, poderá nem sequer ser de todo utilizado. Daí que o putter seja dos tacos mais importantes dos que se podem encontrar num saco de golfe. Basta ver a importância que os profissionais de golf dão ao seu putting para perceber isto mesmo. Quantas vezes não se encontram os profissionais, já depois de o sol se pôr, ainda a treinar putts?
Toda esta importância leva a que putter seja dos tacos em que o jogador deverá, e tem de, confiar inteiramente. Não pode ser um taco que crie dúvidas na cabeça do jogador, sob pena de se falhar aquele putt para par ou para conseguir birdie. Basta ver os jogadores que perderam confiança no seu putter, os chamados yips, onde estão hoje em dia. A dar aulas ou a jogar nos circuitos satélites, dificilmente recuperando as suas carreiras de outrora.
Yips!!! Esta, paralelamente ao shank, é uma palavra que o jogador de golfe nunca quer ouvir. Este termo significa essencialmente um movimento involuntário dos músculos que é quase na sua totalidade devido a ansiedade e medo de falhar os putts. Estes yips são muito mais notórios nos putts curtos, menores do que 2 metros, e fazem com que, mais usualmente, a face do putter se feche, logo ocasionando um putt falhado. Estes yips, depois, ainda têm a agravante de piorarem quanto mais se falha, levando a maiores falhanços, entrando-se assim num ciclo vicioso de yips. Veja-se David Duval, um dos piores casos de yips de que há memória.
Ora para tentar eliminar este problema, o mais normal é os jogadores optarem por putters do tipo mallet, ao invés dos putts tipo blade. Isto porque, tipicamente, embora não o seja 100 por cento das vezes, um putter do tipo mallet é o chamado do tipo face-balanced enquanto um putter blade é do tipo toe-heavy’. Quer dizer que quando se equilibra o putter num dedo, um putter do tipo face-balanced fica com a face a apontar para o céu, enquanto um do tipo toe-heavy fica com a ponta do putter a apontar para o chão. A razão principal é porque os putts do tipo mallet, como têm o peso mais distribuído no seu perímetro, resistem mais à torsão do que os outros. Logo, haverá menos tendência para fechar o putter na pancada.
No entanto, mesmo com putters do tipo mallet, há jogadores que sofrem imenso nas pancadas de putt curtas. Para estes, a Odyssey lançou um putter, denominado Toe Up, e que pretende contrariar esta tendência de ‘’torcer’’ os putts curtos. A Odyssey lançou-o em dois modelos distintos, o n.º 1 e o n.º 9, sendo que o primeiro é um putter do estilo blade, enquanto o segundo é um putter do estilo mallet. No entanto, ambos seguem este conceito do toe up. O n.º 1, do tipo blade, foi desenhado para os jogadores que procuram um aspecto familiar quando se encontram na posição de fazerem o putt. Graças às suas linhas clássicas, os jogadores sentir-se-ão mais confortáveis e familiares a bater o putt do que com n.º 9, que é o modelo do tipo mallet. Segundo os técnicos da Odyssey, este n.º 9 é virtualmente impossível de rodar sobre ele próprio ao longo do swing de putt.
Essencialmente, estes putters Toe Up são putters que têm um balanço do tipo, como o nome em inglês indica, de ponta do putter para cima. Ou seja, quando balançados num dedo, a ponta do putter fica a apontar para o céu. Este tipo de putters são desenvolvidos para que a face não se torça ao longo da trajetória do putt, com isto conseguindo-se que o putt acerte na bola sempre com o ângulo correcto. Em teoria, se estivermos corretamente alinhados com a linha de putt, o putt deverá retornar à sua posição original sempre alinhado com a direção original.
Este conceito não é totalmente novo, pois já outras marcas haviam utilizado o mesmo tipo de tecnologia, só que a Odyssey é a primeira marca generalista a introduzir estes putters no mercado. Logo, tem-se tecnologias novas com modelos de aspecto conhecido e de uma marca já com grandes referências no mundo do golfe em geral e dos putters em particular.
Em conclusão, caso o jogador, cada vez que olha para um green, entra nele já a medo, poderá valer a pena experimentar um destes dois modelos.
O Odyssey 1 é um putter do estilo blade / ODYSSEY
Odyssey 9 é do estilo mallet / ODYSSEY