Golf Skate Caddy representa uma maneira original, divertida e rápida de jogar
Um por todo o mundo, o golfe procura reinventar-se, para inverter o ciclo regressivo com que se depara. É necessário que se torne mais cool, de maneira a atrair as camadas mais jovens. O Golf Skate Caddy (GSC), não fosse o preço não ser para qualquer bolsa, podia bem dar uma ajuda nesse sentido.
De origem australiana, é um novo meio de transporte individual no golfe, totalmente ergonómico; conduz-se como estivessemos numa prancha de surf, de pé, com o movimento do corpo, mas com rodas e com um manípulo ao alto ao qual os jogadores se agarram e apoiam e que serve para acelerar e travar.
Com quatro mudanças disponíveis (não tem marcha-atrás), a quarta atinge o máximo de 22km/h (mais rápido que os clássicos buggies, portanto), e em cima dele dir-se-ia que a velocidade é vertiginosa.
Foi aliás com um GSC que o profissional Graham Maher estabeleceu, a 11 de Abril de 2016, a volta de 18 buracos mais rápida de sempre na categoria de Stand Up Golf Cart, com 43m07s no Ringwood Golf Club, Austrália, marca esta que foi homologada pelo The Australian Book of Records. Quando se sabe que o jogo lento é um dos problemas da modalidade, eis uma solução.
No site da GSC americana, lê-se que este novo transporte personalizado acelera o ritmo do jogo em 25 por cento, e que está a revolucionar a maneira como jogamos e pensamos o golfe, tomando a pouco e pouco o lugar dos golf carts., devido a esta e outras vantagens que oferece, como menos danos no relvado e um óptimo suporte físico.
Tem outros benefícios em relação aos buggies, pois permite que os jogadores entrem e saiam mais rapidamente e que se dirijam individual e directamente para as suas bolas focando-se nos respectivos jogos; as suas rodas são insufladas e têm mais atrito e são muito largas, o que lhe permite abordar zonas onde aquele não conseguem ou não podem ir, nomeadamente as golas dos greens.
“Além da imagem desportiva, traz um acréscimo de exercício e de diversão ao jogo, e se queremos atrair faixas etárias mais novas, temos de ter coisas divertidas”, diz André Pinto, desde Outubro o representante da marca para Portugal e Espanha, através da Neoprod. Sublinhando no entanto que exige capacidade de mobilidade e coordenação por parte dos seus utilizadores, o que não deverá ser problema porque a maioria dos golfistas não tem pouca mobilidade.
O primeiro modelo, o V1, que data de 2013, já está fora de circulação, agora existe o V2. Com acelerador e travão, funciona com dois motores, um em cada conjunto de rodas, fazendo a distribuição no meio, o que evita que patine. Pesando apenas 25kg, consegue transportar peso até 115kg.
O saco de golfe acomoda-se à frente, atrás vem com um banco desmontável para momentos de pausa no jogo. Comando à distância, lâmpadas traseiras e dianteiras, sítios para colocar o mapa e os scorecards do campo, carregador de UBS, chapéu-de-chuva e de sol com protecção também para as costas e até um refrigerador para manter as bebidas frescas.
André Pinto, que antes de fundar a Neoprod foi colaborador da cadeia de lojas Nevada Bob’s Golf e fez parte da organização inicial do respectivo Circuito Golf Days, diz que as pessoas “estão muito habituadas ao buggie eléctrico e ainda não percebem bem a vantagem” do GSC, que leva tempo a assimilar, mas acrescenta que “há muita gente curiosa”, alguns negócios concretizados e outros em “conversação”, sobretudo junto dos campos comerciais de turismo.
A Neoprod disponibiliza várias pacotes rondando o preço unitário os 3.300 euros mais IVA, mas o negócio está muito vocacionado para o leasing e, nesse sentido, André Pinto sublinha que os campos que os tenham, facilmente os rentabilizam se os alugarem a 10 a 15 euros a volta.
Realça também que o GSC, ao contrário do seu concorrente, a americana GolfBoard, quase não exige manutenção e que em caso de avaria há troca imediata.