AcyMailing Module

Posts
> Home / Posts
Bye bye 2015 – farewell Mr. Stilwell – olá 2016!
Crónica
01/01/2016 16:24 ROMEU GONÇALVES
  • Tópicos

Ninguém é insubstituível mas existem pessoas que, pelo seu carisma, são difíceis de substituir

“No jogo de golfe da vida, mudam-se os anos, mudam-se os campos, alguns jogadores são substituídos, mas a verdadeira beleza deste jogo está nos jogadores que permanecem nos momentos mais importantes! A todos os jogadores que de uma forma ou de outra, participaram, que participam e participarão no jogo da minha vida desejo Boas Festas, Feliz Natal e um próspero ano novo. Sejam Felizes e façam alguém feliz!” 

Assim foi a minha mensagem de boas festas deste ano, os “jogadores substituídos” foi uma clara referência a um dos mais importantes “companheiros de jogo” que tive nestes últimos anos, Christopher Stilwell, que partiu assim, sem aviso, deixando um No Show notado no mundo do golfe algarvio, nacional e internacional. O Sr. Stilwell, Chris – o inglês com sotaque de Alvor – para os mais chegados, era mais que um chefe, era um mentor, um companheiro, um líder, um amigo que nos deixou prematuramente. 

No grupo Oceânico tive o prazer de ver como trabalhava, como se organizava e como liderava esta família de quase 400 pessoas. Respirava golfe, tinha sempre uma comparação para todos os problemas que apareciam, “muitos anos a virar frangos”, dizia orgulhosamente... Sabia do que falava mas tinha o bom senso de saber ouvir, “não há um dia em que não aprenda alguma coisa”, dizia sabiamente... era rígido e objectivo quando repreendia alguém, “Só me dou ao trabalho de dar raspanetes a quem eu gosto”, dizia carinhosamente... e foi assim, mês após mês, ano após ano, que nos liderou, que nos ensinou, aconselhou e partilhou com toda a família Oceânico o seu saber e as suas lições de vida. 

No Clube de Golfe de Vilamoura foi um Presidente sempre presente, sempre pronto a apoiar os seus sócios mesmo nos tempos conturbados da famosa “crise”. Serviu de elo de ligação para com as entidades oficiais, foi fundamental na ligação para com os patrocinadores, apoiante incondicional dos jovens e da escola de golfe, direcionou o clube rumo ao futuro sempre com os pés bem assentes na terra, “there’s always a rainy day”, lembrava frequentemente... 

No Portugal Masters deixou provavelmente a maior marca da sua passagem por Vilamoura, habituado a grandes provas desportivas esteve presente desde 2008 na organização deste evento, delegava os trabalhos nas pessoas de sua confiança mas acompanhava, vigiava e supervisionava desde a chegada do primeiro contentor até ao final do dia de domingo, “há que estar sempre de olho vivo”, comentava de forma paternal... 

Anos passarão, mas quem teve o privilégio de participar no jogo de golfe da vida do “chefe” irá lembrar os seus conselhos e os seus ensinamentos, as suas risadas e as suas histórias e irá de uma forma ou de outra partilhá-los imortalizando desta forma alguém que indiscutivelmente tem o seu lugar na história do golfe nacional. 

Ninguém é insubstituível mas existem pessoas que, pelo seu carisma, são difíceis de substituir, e para quem teve a sorte de conviver diariamente com o “chefe” esse fosso irá permanecer nos nossos pensamentos.

Mas um novo ano está a começar! Novas voltas de golfe, novos parceiros, novas apostas, novas vitórias e novas desilusões irão acontecer e o meu conselho para todos vós é que, aconteça o que acontecer, levantem a cabeça, terminem o buraco, agarrem na bola e sigam para o próximo! A vida é curta demais para deixar um mau shot, uma má volta de golfe ou um mau momento influenciar negativamente o jogo de golfe das nossas vidas! 

Desportivamente faço votos de ver novamente o rookie do ano do European Tour ser português (de Vilamoura) e de ver mais portugueses no circuito principal no final do ano! 

Boas tacadas e feliz 2016!

  • Comentários