01/12/2020 18:33 Nelson Cavalheiro
Relativo a entrevista a Miguel Franco de Sousa (presidente da FPG) publicada no GolfTattoo
Na sequência de entrevista a Miguel Franco de Sousa, presidente da FPG, publicada pelo GolfTattoo a 24 de Novembro, com o título “O difícil é passar das palavras à acção”, recebemos de Nelson Cavalheiro, presidente da PGA de Portugal, o seguinte Direito de Resposta que publicamos ao abrigo da Lei:
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«O Exmo. Sr. Presidente da Federação Portuguesa recentemente eleito, Miguel Franco de Sousa, em entrevista a esta plataforma online ousou fazer considerações que não correspondem à verdade e cronologia dos factos que relata – e que não pode provar –, sendo que, para além disso, deixa entender que não entende o caminho e projetos da PGA Portugal para o golfe profissional português.
Posto isto, sente a PGA Portugal a obrigação de esclarecer os leitores dado que essas mesmas informações em nada contribuem para o desenvolvimento da modalidade através dos principais agentes, mas sim para acentuar uma clivagem que o Exmo. Sr. Presidente da FPG insiste em prorrogar.
Por tópico de pergunta, exerce a PGA Portugal o seu direito de resposta:
- “Um dos seus lemas foi uma federação agregadora e transversal, de praticantes, de atletas, de clubes, de profissionais do sector, da indústria. Mas a FPG e a PGA de Portugal não estão, neste momento, de costas viradas uma para a outra? Não deveriam as duas mais importantes instituições do Golfe Nacional estar de braços dados?”
- Esta direção sempre quis colaborar com a FPG, até porque foi a PGA à sede da FPG, no princípio do ano de 2020, para que a nova direção se desse a conhecer e foram discutidas algumas das intenções de calendário da PGA e opções para o projeto Team Portugal
- No âmbito do Team Portugal, de referir a deslocação do Sr. João Coutinho à Amendoeira para discutir formulação do novo projeto e critérios para possíveis convites aos jogadores da PGA para jogarem torneios do Challenge e European Tour.
- Foi também enviado pela PGA um esboço de protocolo para regulamentar e firmar a relação entre as duas instituições. Recusaram bem como não nos deram opções.
- “O Campeonato Nacional Absoluto – Audi foi feito à revelia da PGA de Portugal e inclusivamente o logótipo da PGA não constava na marca do evento… Isto não é uma provocação face à PGA?”
- Foi a PGA Portugal que tomou a iniciativa de contactar a FPG acerca da sua colaboração no Solverde Campeonato Nacional PGA, tal como tinha sido hábito nos anos anteriores.
- Numa reunião entre presidentes das duas instituições, foi comunicado à PGA Portugal que era intenção da FPG patrocinar monetariamente com o valor de 20,000€ – não 25,000€ como afirmado – o Campeonato Nacional, mas exigindo a organização do mesmo.
- A PGA reuniu a sua Direção e, após tal, informou a FPG que tinha um promotor para o Campeonato Nacional que colabora com a Organização deste há cerca de três anos. Este mesmo promotor, à data, já tinha assegurado patrocínios no valor de 10,000€ – e não 7,500€ como afirmado – para a realização do referido Campeonato.
- Num espírito de cooperação e para maximizar os esforços que já estavam a ser desenvolvidos previamente, a PGA Portugal sugeriu o envolvimento desse parceiro nas negociações, facto que a FPG rejeitou de imediato.
- Mesmo assim, a PGA Portugal, pelas boas relações que mantém com todos os seus parceiros, chegou facilmente a acordo com este promotor e deixou clara a sua vontade de colaborar com a FPG no ano de 2020 face à vantagem financeira da sua proposta.
- Após reunião na plataforma Zoom em Maio de 2020, foi-nos dado a conhecer os termos da FPG para a organização do Campeonato Nacional, termos esses que levaram a PGA Portugal a colocar alguma dúvidas e a propor algumas sugestões para o torneio.
- Uma vez mais, a FPG recusou todas as nossas propostas e sugestões apresentadas.
- Ora, sendo este um torneio que envolve profissionais da modalidade, consagra o Campeão Nacional de Profissionais e dado que existe uma Associação de Profissionais em Portugal (PGA Portugal), pensamos ser natural uma colaboração de todas as partes, que se escutam mutuamente e sem imposições unilaterais infundadas.
- Ainda assim, também mais uma vez, a PGA anuiu a todas as propostas da FPG com uma exceção: a limitação imposta pela FPG para o número de profissionais inscritos no torneio.
- Somos da opinião de que todos os profissionais devem ter iguais oportunidades de competir no seu Campeonato Nacional, visto que nunca foram considerados critérios de admissão, a profissionais, atempadamente. Ainda assim, a PGA propôs que os lugares fossem distribuídos de forma equitativa de 50% para jogadores amadores e 50% para os jogadores profissionais e que os lugares vagos deixados por um ou por outro fosse preenchido pelos jogadores em lista de espera.
- A proposta, mais uma vez, não foi aceite pela FPG.
[MFS] “(…) Para os que tiveram presentes e participaram foi um Campeonato Nacional [Absoluto] com um ambiente nunca visto e altamente elogiado por jogadores, treinadores e público, bem como pelos patrocinadores da competição.”
- No decorrer do torneio em si, e ao que parece, a FPG decidiu separar os jogadores amadores dos profissionais no último dia do torneio. A PGA Portugal estranha esta decisão, dado que nem estava contemplada nos Termos da Competição e, se é um Campeonato Absoluto, todos os jogadores deverão competir entre si na totalidade das voltas e por ordem de resultados.
A PGA Portugal nunca se bateu pela não realização do Campeonato Nacional Absoluto. Pelo contrário. No entanto, de forma a maximizar o carácter competitivo de ambas as realidades, achamos que deve ser um ponto de proximidade entre as duas Organizações. Deverá ser devidamente regulamentado pelas duas Instituições, contribuindo cada uma com o que de melhor tem da sua experiência e conhecimento adquirido, de forma a capitalizar as necessidades dos participantes.»
Alcantarilha 29 de novembro de 2020
Nelson Cavalheiro
PGA Portugal