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Querida, tramaram o meu hole-in-one
Crónica

Qual não foi o meu espanto quando soube que não ficaria registado

Ao longo da minha experiência como diretor de Golfe, achei e continuo a achar que a adopção de uma política de boa vizinhança é condição obrigatória para facilitar a operação do dia-a-dia, permitindo facilitar parcerias, explorar sinergias, dividir custos e repartir lucros e tantas outras vantagens.

Foi precisamente numa acção de parceria e boa vizinhança que, há já alguns anos, aceitei o convite que o diretor do então recém-inaugurado campo de golfe de Oitavos Dunes me dirigiu e fui jogar uma partida levando comigo dois profissionais noruegueses que eram clientes no campo vizinho do qual eu era diretor, o Onyria Quinta da Marinha.

A apresentação a este tipo de clientes de um destino com um hotel, o da Quinta da Marinha, dois campos de golfe, quatro restaurantes, ténis e equitação, permitia o tipo de pacote ideal – uma semana de golfe sem sair do resort.

Chegados ao primeiro par-3 do percurso, o buraco 3, jogámos os três na direção do green, mas a posição da bandeira à entrada do green, por detrás do bunker, não permitia ver o buraco a partir do tee de saída.

Chegados ao green encontramos duas bolas a cerca de 2,5 metros da bandeira. Como estas pertenciam aos meus convidados não tive a menor dúvida que tinha passado o green por ter jogado ferro a mais. Quando ia iniciar a procura da minha bola um dos jogadores gritou e confirmou o que eu nunca tinha feito – HOLE-IN-ONE! A bola estava dentro do copo!

Sinceramente não me lembro dos restantes 15 buracos que jogámos.

Cumprindo a tradição, fomos para o bar no final do jogo ficando eu encarregue de liquidar a despesa. Também como tradição, iria inscrever o meu nome no quadro de registo de Holes-in-One, onde se incluiam ainda a data, o número do buraco em questão e a fotografia do autor da proeza.

É nesta altura e após termos fechado a conta num bar em que um golo de cerveja custava €0.50 que sou informado que não é necessário enviar a minha fotografia porque atendendo a que era diretor do campo vizinho e devido à histórica rivalidade entre proprietários, o meu hole-in-one não iria ficar registado.

Ou seja, apenas dois profissionais da Noruega, que se eu quiser contactar hoje terei que os procurar na Turquia, são os testemunhos do meu hole in one, objetivo pessoal de qualquer golfista!

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Director Golftattoo

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