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Amador português impôs-se no Portugal Pro Golf Tour
09/02/2018 07:23 RODRIGO CORDOEIRO
Vítor Lopes com o troféu do Álamos Classic © PORTUGAL PRO GOLF TOUR

Vítor Lopes fez história no circuito vencendo Álamos Classic no meio de profissionais

Nunca nenhum amador tinha vencido no Portugal Pro Golf, conseguiu-o Vítor Lopes esta terça-feira no Álamos Classic, jogado em duas voltas no campo Álamos (Par 71) do Morgado Resort, em Portimão, Algarve.

Para ganhar, fez voltas de 68-69 e depois teve de bater no play-off o também amador George Bloor (69-68) e Sam Whitehead (70-67), ambos ingleses. Este trio havia terminado empatado na frente com um total de 137 pancadas, 5 abaixo do par.

É o quarto português a vencer na presente temporada (2017/2018) do Portugal Pro Golf Tour, juntando-se a Pedro Figueiredo, Tiago Cruz e Ricardo Santos, este com duas vitórias. Cruz e Santos também terminaram o Alámos Classic no top-10.

O ano passado, este mesmo Álamos Classic viu resultados demolidores. Então, Ricardo Santos, mesmo totalizando 15 abaixo do par no cômputo dos 36 buracos, ficou em segundo – e logo a quatro pancadas do vencedor, Frank Daux.

“As condições não eram fáceis, estava frio e vento, e então os resultados não foram tão bons como o ano passado, mas foram duas voltas sólidas da minha parte”, afirmou Vítor Lopes, jogador do CG Vilamoura e da selecção nacional.

Vítor Lopes concluíra a primeira volta com 68, o que lhe deu o terceiro lugar empatado com Tiago Cruz e o inglês Gary Hill, com uma pancada de desvantagem para os líderes Vanslow Philips (vencedor do Open de Portugal em 1999, na penina) e Craig Farrely.

E foi com com os líderes que o português integrou o último grupo a sair na segunda volta. O momento mais crítico para ele aconteceu no buraco 13 (par-4), vindo de bogeys nos 10 e 11 e depois de terminar o front nine com 34 (-2).

Nesse buraco 13, no segundo shot, a sua bola ficou num caminho de buggys de alcatrão. Julgando que tinha direito a free drop, como é normal, e no que foi corroborado pelos seus parceiros de jogo, preparou-se para efectuar o drop marcando e levantando a bola.

Entretanto surgiu o árbitro que o elucidou que, segundo as regras locais do torneio, só havia direito a free drop nos caminhos de cimento, pelo que o jogador iria ter duas pancadas de penalização. Notavelmente, acabou o buraco com shot e putt, para bogey (teria sido birdie não fosse a penalização).

Deu seguimento a este up & down com birdies nos 14 e 15, após o que foi informado pela Comissão Técnica de que, revistas as coisas, a penalização que sofrera no 13 se reduzira de duas para uma pancada, pelo facto de ter recolocado a bola onde ela encontrava.

Depois terminar os últimos três buracos com par-par-par para um cartão de 69 e para empatar com aqueles dois jogadores. No primeiro buraco do play-off, jogado no buraco 1, fez o par em regulation, com dois putts a partir de uma distância de seis metros, ao passo que os seus rivais – que haviam saído mal – falharam putts de cerca de três metros para par.

“No play-off mantive as coisas simples”, disse Vítor Lopes ao Gabinete de Imprensa da FPG. “Encaro esta vitória como um prémio pelo trabalho que tenho desenvolvido com o meu treinador [Joaquim Sequeira], e que incluiu algumas alterações no meu swing. As peças estão a juntar-se e estou pronto para o Internacional de Portugal.

O 88.º Campeonato Internacional Amador de Portugal joga-se na próxima semana, de 14 a 17, no Montado Hotel & Golf Resort, em Palmela, mas antes Vítor Lopes volta a competir no Portugal Pro Golf Tour, na terceira e última prova do Swing 5 da temporada, a 11 e 12 no Morgado Golf Course, novo palco do Open de Portugal.

O sueco Hanne Ronneblad (71-67) e os britânicos Curtis Griffiths (69-69) e Gary King (68-70) terminaram a uma pancada do desempate, com 138 (-4). Entre os 70 jogadores em prova, houve mais dois portugueses no top-10: Tiago Cruz um degrau abaixo, com 139 (68-71), nos sétimos classificados; e Ricardo Santos empatado em 10.º com 140 (69-71).