Assina contrato com Benfica e recebe confirmação de entrada no maior torneio português
Não foi por causa do Portugal Masters que liguei ao Pedro Figueiredo, mas sim a propósito da parceria que acaba de estabelecer com o Sport Lisboa e Benfica para o golfe. No entanto, pouco depois de termos terminado a conversa, ele enviava-me, pelas 18h, uma mensagem a dizer que o European Tour acabava de confirmar a sua presença no lote de jogadores do 10.º Portugal Masters, que se joga entre quinta-feira e domingo no Victoria Clube de Golfe. Até aqui tinha estado sempre na dúvida.
“Figgy”, de 25 anos, já brilhou duas vezes como amador no maior torneio do golfe português, sendo 23.º (empatado) em 2011 e 27.º (empatado) em 2012. Como profissional, condição que assumiu no Verão de 2013 após quatro anos a estudar e a competir pelos Bruins da UCLA, em Los Angeles, o seu melhor foi o 30.º lugar (empatado) em 2014, numa edição que o mau tempo reduziu a duas voltas, o que lhe valeu, se não me engano, o seu maior prémio monetário de carreira, no valor de 12.900 euros.
“Estou mentalizado, é sempre um torneio que gosto imenso de jogar”, comentou o melhor amador português de todos os tempos. “Teria bastante pena se não entrasse este ano, é o nosso torneio bandeira, com grandes jogadores, num campo impecável, sempre muito bem tratado, com muito público a ver. Por outro lado, tenho tido um ano difícil de golfe e de resultados, mas sinto que tenho evoluído bastante e que poderei sair desta má fase. Estou a sentir-me melhor e uma boa prova no Portugal Masters seria sempre um empurrão para os próximos tempos e torneios.”
Pedro junta-se assim aos seus companheiros de profissão Tiago Cruz, João Carlota, Hugo Santos e João Ramos. Os amadores são Pedro Lencart (de apenas 16 anos) e Tomás Silva, campeão e vice-campeão nacionais.
E por aqui encerramos, momentaneamente, porque a ele regressaremos na semana útil que se aproxima, o tema Portugal Masters, para regressar à questão que nos levou até ao Pedro inicialmente. A conversa começou assim:
– Pedro, este artigo vai-me custar um bocado a escrever, porque eu sou do Sporting.
Não sei se ele pensou que eu estava a falar a sério, não quanto ao facto de eu ser leão, mas por estar com dúvidas existênciais em relação à feitura da notícia que o associa contratualmente ao Sport Lisboa e Benfica para o golfe. Respondeu:
– Podes desligar…
Quis saber donde vem a sua paixão pelo Benfica.
– Como sabes, sempre fui um fervoroso adepto do Benfica, são aquelas paixões clubísticas que não se explicam muito bem. Naturalmente, seria para mim um orgulho estar ligado a ele de forma profissional. Tendo o Benfica um clube de golfe, poderia haver vantagens para ambas as partes, pois os clubes de futebol são veículos de visibilidade e propaganda. Contactei o Benfica nesse sentido, eles gostaram da ideia e assinámos a parceria.
Normalmente a preferência clubística tem origens hereditárias, mas a “Figgy” isso só aplica em parte.
– O meu pai é benfiquista, mas não influenciou em nada a minha decisão. O primeiro jogo de futebol que fui ver foi no Estádio de Alvalade, tinha eu cinco ou seis anos, em 1996 ou 1997. Lembro-me que foi o Sporting-Metz para a Taça UEFA e que terminou empatado a uma bola, com golo do Oceano de penálti. Depois, em pequeno o meu pai também me ofereceu um equipamento do FC Porto. Deu-me liberdade, não foi à força, e então comecei a acompanhar o meu pai nos jogos.
O que envolve esta parceria…
– Como contrapartidas, estarei disposto a ir aos torneios de golfe do Benfica, recentemente eles tiveram um campeonato na Aroeira e fiz parte da competição sábado e domingo, embora eu já como amador o fizesse antes de ir para os Estados Unidos, recordo-me que o primeiro foi em 2008. Cabe-me também participar em algumas acções ou iniciativas do clube ou na Benfica TV que eles achem interessantes, dando o devido retorno. Quanto às contrapartidas que o Benfica me dá, preferia que fosse o próprio clube a falar delas.
Figgy terá o seu saco bordado com o logótipo do Benfica, e além do clube das águias tem como patrocinadores a Navigator (marca de papel de escritório) e Adidas e Taylor Made.
– São estes três e não quero deixar de referir a Orizonte Golfe, que me dá total disponibilidade para utilizar os seus campos, sendo por isso também um patrocinador.
Pedro, bom jogo no Masters!
