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Matt Oshrine em Royal Óbidos para defender título no Open de Portugal
10/09/2025 09:36 Hugo Ribeiro
Matt Oshrine procura tornar-se o quinto jogador a revalidar o título no Open de Portugal © Rodrigo Gatinho

Prova do HotelPlanner Tour distribui €300.000 em prémios e conta oito jogadores portugueses

O norte-americano Matt Oshrine vem defender o título de campeão do Open de Portugal at Royal Óbidos, numa 63.ª edição recheada de talento, com 9 dos jogadores do top-10 da ‘Road to Maiorca’ e 20 dos 21 vencedores de torneios do HotelPlanner Tour de 2025, em luta por um prémio monetário elevado este ano a 300 mil euros. 

Há um ano, Matt Oshrine tornou-se no segundo norte-americano a vencer o mais importante torneio de golfe português e no primeiro desde que a prova passou a integrar a segunda divisão do golfe profissional europeu. 

É o único antigo vencedor da prova em 2025, mas é interessante constatar as presenças de outros quatro jogadores que já venceram provas ainda mais importantes no nosso país, integradas no DP World Tour (a primeira divisão europeia), eventos que, entretanto, desapareceram do calendário. Referimo-nos aos ingleses Tom Lewis e Steven Brown, e ainda ao espanhol Álvaro Quíros, três jogadores que ganharam o Portugal Masters em Vilamoura, enquanto o finlandês Roppe Kakko conquistou o último Madeira Islands Open BPI em 2015. 

A tarefa de Matt Oshrine não será fácil, até porque, nas 62 edições anteriores do torneio da Federação Portuguesa de Golfe (FPG), só por quatro vezes um jogador conseguiu revalidar o título: o inglês Ken Bousfield em 1961 (no Estoril), o espanhol Ramón Sota em 1970 (Estoril), o escocês Sam Torrance em 1983 (Troia) e o inglês Paul Broadhurst em 2006 (no Penina). 

A concorrência é de peso. No campo desenhado pelo saudoso Seve Ballesteros irão estar, de amanhã a domingo, nove dos dez primeiros da ‘Road to Maiorca’, o ranking do antigo Challenge Tour, bem como 20 dos 21 vencedores de torneios de 2025. O n.º 1 da hierarquia é o escocês David Law, vencedor de um título do DP World Tour e de quatro no HotelPlanner Tour, dois dos quais este ano, na Chéquia e na Finlândia. David Law está desde já apurado para a Rolex Challenge Tour Grand Final supported by the R&A, o evento final da temporada, em Maiorca, reservado ao top-45. E o escocês sabe que, em princípio, deverá fechar a época no top-20 que no final do ano ascenderá ao DP World Tour. 

No entanto, o n.º 1 vem a Portugal em perseguição de um terceiro troféu da temporada, porque quem vencer três torneios numa mesma época é automaticamente promovido ao escalão principal. Na mesma situação encontra-se o italiano Renato Paratore, que impôs-se em dois eventos seguidos, nos Emirados Árabes Unidos e no Abu Dhabi. Paratore já foi uma estrela do golfe europeu, vencendo dois torneios do DP World Tour. 

David Law e Renato Paratore, respetivamente 1.º e 6.º do ranking da segunda divisão europeia, perseguem um terceiro troféu na temporada. Mas a maioria vem a Portugal com objetivos mais acessíveis. O HotelPlanner Tour de 2025 é composto por 29 torneios. Ora Open de Portugal at Royal Óbidos é o 25.º e depois resta apenas um, o italian Challenge Open, até ser feita a redução das listas de participantes dos últimos três torneios da época. 

O Open de Portugal at Royal Óbidos, que amanhã arranca com o Pro-Am, contará com 144 jogadores, mas quando o circuito for para a China, para o Hainan Open, em outubro, já só 68 jogadores poderão participar. Portanto, Portugal e Itália serão as duas últimas etapas para os jogadores conseguirem meter-se nesse top-68. 

De acordo com o ‘press officer’ britânico do HotelPlanner tour, Sam Stone, "Tomás Melo Gouveia poderá entrar nesse lote se arrancar uma grande semana em Óbidos. E Pedro Figueiredo está bem dentro da China. No caso de Tomás Bessa, só poderá viajar à China com uma semana mesmo muito boa". 

Portugal estará representado por oito jogadores, sete deles profissionais, mas os melhores são mesmo Pedro Figueiredo (37.º no ranking), Tomás Melo Gouveia (98.º) e Tomás Bessa (186.º), os únicos com hipóteses matemáticas de poderem apurar-se para a China e, consequentemente, para Maiorca. "Não posso mentir e sinto essa pressão", admitiu Tomás Melo Gouveia, em declarações ao site oficial do circuito. Há um ano, foi o melhor português no Open de Portugal at Royal Óbidos, integrando o grupo dos 10.º’s classificados. Os outros portugueses são os profissionais Pedro Lencart, Daniel Rodrigues, Hugo Camelo, Vasco Alves e o campeão nacional amador, João Pereira.