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Sucesso obriga a repensar (e a replicar) modelo
14/12/2016 16:45 GOLFTATTOO
Luis Correia da Silva (à direita) durante a entrega de prémios da última edição do Grande Troféu de Vilamoura / © OCEÂNICO GOLF

Luís Correia da Silva, CEO da Oceânico Golf, no rescaldo do XXIX Grande Troféu de Vilamoura

Luís Correia da Silva tem formação académica de engenharia agrónoma e, entre muitos cargos que desempenhou, foi administrador do Grupo André Jordan antes de ser secretário de Estado do Turismo. Mais recentemente voltou aos cinco campos de Vilamoura, agora com uma responsabilidade superior, a de CEO. Foi o seu primeiro Grande Troféu de Vilamoura nestas funções e a estreia não poderia ter sido mais auspiciosa, como contou ao GolfTattoo.

GOLFTATTOO – Várias pessoas disseram-me que quiseram inscrever-se há dois meses e não conseguiram. Já estava “lotação esgotada”.

LUÍS CORREIA DA SILVA – Esta 29.ª edição teve o máximo possível de jogadores em simultâneo nos três campos e havia cerca de mais cem candidatos para jogar. Portanto, teremos de estudar a hipótese de no próximo ano fazermos algo de diferente. O sucesso é grande, as pessoas vêm de propósito para jogarem este torneio, há cada vez mais estrangeiros e só podemos estar contentes por isto acontecer.

Tem a noção das origens de todos estes estrangeiros que nos visitaram este ano? Pelo filme que passaram no jantar de gala no Casino de Vilamoura, dá ideia de ter havido imensos alemães.

É interessante porque tem sido por fases. Este ano, particularmente, tivemos muitos alemães e pela primeira vez tivemos muitos espanhóis. Significa que tem havido um “passa palavra”, mas também há muita gente em Espanha que segue atentamente as nossas newsletters e que acha que é interessante vir nesta época passar um fim-de-semana. Os ingleses são sempre um número muito elevado. Este ano também houve alguns austríacos.

 Parto do princípio que quando o Grupo Hotéis Dom Pedro tomou conta dos cinco campos de Vilamoura este Grande Troféu nunca esteve em causa, tal o seu sucesso.

Eu já conhecia este torneio de outras alturas e até já o tinha jogado. O torneio nunca esteve em causa, pelo contrário, a nossa ideia é pegar neste modelo e encontrar outras épocas do ano em que possamos criar as condições para que mais pessoas venham cá jogar e se habituem a estes torneios em Vilamoura. Isto acontecia no passado, com a gestão da Lusotur Golfes e da Oceânico Golf, lembro-me de outros torneios como, por exemplo, a Taça do Presidente.

 Não o vimos a jogar o torneio. Com as novas funções deixa de ter tempo para jogar?

Quando temos cerca de duas centenas de pessoas a trabalhar nos campos de golfe e no negócio associado ao golfe, é difícil estar numa postura de lazer com outros a trabalhar. Não é o meu princípio. Devemos dar sempre o exemplo, mas, de vez em quando, ainda tento bater umas bolas e jogar um pouco de golfe. Neste caso, não podemos misturar as coisas, ou estamos aqui para organizar ou estamos aqui para jogar.

Acabou de sair o calendário do European Tour para 2017 e o Portugal Masters, que se joga desde sempre no Victoria Clube de Golfe, está agendado pela primeira vez para Setembro e não para Outubro.

Havia um acordo anterior para três anos e agora passamos a ter um acordo para fazê-lo para o ano em setembro e não em outubro. Há total disponibilidade, está marcado e já está pensada uma intervenção no campo para irmos ao encontro do que foram algumas das sugestões que a equipa de agrónomos do European Tour nos fez para melhorarmos ainda mais as condições do campo.

Já agora, é possível saber-se por alto que indicações foram essas?

Este ano houve uma situação específica, nós fizemos uma intervenção nos roughs e como não choveu na época em que deveria ter chovido os roughs estavam muito baixos. Jogar nos roughs era praticamente jogar nas mesmas condições dos fairways e eles pediram-nos para fazermos uma nova intervenção para podermos voltar a ter os roughs com um grau de dificuldade necessário para um evento desta dimensão e prestígio.