
Norueguês ganha Valspar Championship na Flórida e reentra no top-10 mundial
Inesperadamente, Viktor Hovland voltou às vitórias no PGA Tour e no respectivo campeonato da FedEx Cup. Inesperadamente, porque o noruegês de 27 anos nunca mais fora o mesmo desde que se sagrou campeão da FedEx Cup em Agosto de 2023.
Ele sentia que, apesar do sucesso, ainda havia um fosso entre o seu jogo e o seu potencial máximo. Assim, prescindiu do seu treinador, passou por outros, fez experiências, estudou novas teorias técnicas. Como resultado, em 2024 registou apenas duas classificações no top-10.
Na corrente época de 2025, jogara cinco torneios tendo como melhor marca o 22.º lugar, no início de Fevereiro, no AT&T Pebble Beach Pro-Am, na Califórnia. E depois falhara o cut em três importantes provas consecutivas – The Genesis Invitational, Arnold Palmer Invitational e The Players Championship.
Até que neste domingo, sem que ninguém o esperasse, nem ele próprio, venceu o Valspar Championship no campo Copperhead (Par 71) do Innisbrook Resort, em Palm Harbor, na Flórida.
Foi o seu sétimo título no PGA Tour e o primeiro desde o do Tour Championship no Verão de 2023, que lhe garantiu então o primeiro lugar final na FedEx Cup. O êxito de ontem valeu-lhe um prémio de 1,56 milhões de dólares e a reentrada no top-10 do ranking mundial, de 19.º para 8.º, numa tabela em que já foi 3.º. Na FedEx Cup passou de 137.º para 26.º.
Com resultados de 70-67-69, Hovland partira para a quarta e última volta no trio dos líderes, empatado com o colombiano Nico Echavarría e o norte-americano Jacob Bridgeman, todos com um total de 7 abaixo do Par.
Finalizou-a com 67 para somar 273 (-11) e ganhar com a vantagem mínima sobre o n.º 10 mundial Justin Thomas (73-70-65-66), que tem 15 vitórias no seu currículo mas não vence desde o US PGA Championship em Maio de 2022.
Jacob Bridgeman, sempre na liderança ou co-liderança nas três jornadas prévias, encerrou com 69 para o terceiro posto.
“Se colocas o teu coração e a tua alma em fazer algo, podes muito bem fazê-lo bem”, explicou o escandinavo. “Acho um pouco estranho que sejamos atletas profissionais e que os que querem melhorar sejam vistos como: ‘Ah, ele é um perfecionista, está a exagerar.’ A verdade é que estamos aqui para melhorar e estamos aqui para ganhar torneios. Então, se não tentamos progredir, fazemos o quê?”
Como escreveu Kevin Prise no site do PGA Tour, “ouvir Hovland exige que a cabeça se mantenha a andar à roda”: padrões motores, imobilização do corpo, aquisição e integração de informação, ligação de sentimento, etc.
No início da semana, Hovland identificou uma sensação de swing que o fez lembrar os seus primeiros dias como profissional, como informou o seu caddie de longa data Shay Knight. E aproveitou-a para regressar às vitórias.
“Ele é muito duro consigo próprio, mas assim que encontra uma pequena dica de swing, tende a aceitá-la, e isso acontece muito rapidamente”, disse Knight, que trabalha com Hovland desde o seu primeiro ano como profissional em 2019. “Eu sabia que algo especial iria acontecer esta semana com aquele seu pensamento de swing.”
E aconteceu.