Solverde Campeonato Nacional PGA e sua mais forte edição de sempre
O Solverde Campeonato Nacional PGA reuniu este ano 38 jogadores. Dir-me-ão que houve anos com uma participação superior e sou forçado a reconhecer que em termos quantitativos é verdade. Lembro-me de jogar em Campeonatos com cerca de cinco dezenas de competidores. No entanto, em termos qualitativos, este, que hoje encerra a sua competição oficial, é, sem dúvida, o mais forte de todos os campeonatos nacionais.
É um orgulho para a PGA de Portugal poder dizer que neste plantel de 2017 contamos com as duas únicas jogadoras portuguesas cotadas no ranking mundial feminino, Joana de Sá Pereira e Susana Ribeiro.
É igualmente prestigiante acrescentar que temos em Espinho, nada mais, nada menos, do que 10 jogadores classificados no ranking mundial masculino, algo de inédito nesta competição, e dois campeões de torneios do European Tour.
Ricardo Santos poderia estar a competir num torneio do Challenge Tour em França e Filipe Lima poderia ter optado por descansar antes de uma série de torneios do European Tour em que está inscrito, mas ambos fizeram questão de vir lutar por um título que a todos honra.
É importante que se saiba que quer Ricardo Melo Gouveia, que esteve aqui no Oporto Golf Club em 2015, quer Pedro Figueiredo, que jogou este torneio todos os anos desde que se tornou profissional e o ganhou em 2013, explicaram-me pessoalmente as razões válidas que os levaram a faltar este ano, revelando uma postura extremamente profissional a que sempre nos habituaram. Por outro lado, demonstra também como o título de campeão nacional detém um peso institucional forte, mesmo entre os melhores.
Também outros gostariam de estar presentes, mas, por compromissos profissionais, viram-se impedidos de fazê-lo.
Como disse Manuel Agrellos nos seus discursos nas entregas de prémios deste torneio Solverde Campeonato Nacional PGA em 2015 e 2016, quando ainda era presidente da Federação Portuguesa de Golfe, este é o único campeonato nacional em que os melhores jogadores portugueses podem digladiar-se entre si, sejam amadores ou profissionais, tornando-o na grande montra do golfe português. É este o conceito que queremos continuar a desenvolver no futuro em cooperação com os nossos patrocinadores.
Gostaria de aproveitar esta oportunidade para agradecer aos nossos patrocinadores, a Solverde, a Câmara Municipal de Espinho, Mateus Rosé e, claro, à Federação Portuguesa de Golfe.
São estas as entidades que nos têm permitido fazer crescer este torneio há três anos consecutivos no Oporto Golf Club, onde temos sido sempre muito bem recebidos, permitindo que a PGA de Portugal possa ocupar uma simbólica página na longa e prestigiante história do mais antigo clube de Portugal.
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*Presidente da PGA de Portugal
**Esta crónica foi originalmente publicada no suplemento do GolfTattoo no jornal Público, a 22 de Julho