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Este ano é que vai ser
Crónica

O treino pode ser cansativo mas a vida mostra que sem trabalho tudo fica mais difícil

Tal como acontece na transição de todos os anos, é altura de fazermos um balanço daquilo que de melhor e pior aconteceu na nossa vida nos últimos 12 meses. Houve coisas que nos ajudaram a crescer e são estratégias que deveremos continuar a adoptar, mas certamente também deverão ter existido outras que nos deixaram a pensar que é possível fazer melhor. 

O nosso dia-a-dia reflectiu isso mesmo e o golfe não fugiu à regra. Aquele chip no 13 em que o ferro bateu no chão, o shot que nem chegou a sair do bunker ou a linha do putt que pensávamos ser mais à direita e em que a bola acabou por fazer uma ‘gravata’ no buraco… Foram alguns dos momentos que marcaram o nosso ano e que nenhum de nós quer repetir. 

O golfe é o desporto mais ingrato que alguma vez pratiquei, mas, por mais antagónico que possa ser, também o mais viciante. Além de exigente tecnicamente, um jogador é obrigado a manter-se no controlo das suas emoções – quem joga sabe que não é nada fácil. 

Este Natal estava no café a rever a vitória da Europa na Ryder Cup e ouvia as pessoas que olhavam para a televisão: “Como é possível alguém gostar de golfe?”. Ria-me para mim porque é o comentário habitual de quem nunca pegou num taco. 

Lembrei-me das vezes em que levei alguns amigos a bater umas bolas no driving range, e adoro chegar lá, passar-lhes um ferro 8 para as mãos e dizer-lhes: “Agora dá-lhe”. A frustração na cara deles é evidente e as bolhas nas mãos mostram que estão a viver um momento trágico “Como é que é tão difícil acertar numa bolinha branca?”, perguntam pouco depois. 

E para nós, jogadores, vem então ainda o campo. As pessoas nem imaginam o que é estar concentrado durante três horas e meia (e estou a ser optimista). Estar constantemente preparado para resolver, por vezes, situações inimagináveis. Como já escrevi anteriormente, por uma pancada se ganha, por uma se perde… 

É verdade que o treino se pode tornar cansativo, mas uma das lições que aprendi é que sem trabalho as coisas ficam mais difíceis. Vale a pena o esforço. “Treina como jogas e joga como treinas”, era uma das ‘Verdades de La Palice’. E o início do ano é, sem dúvida, uma boa altura para meteres este plano em prática.

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Fundador e editor do site Golf4you.com

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